O Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC) prevê para março de 2026 a conclusão da Ponte da Bioceânica, que conectará Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai. Com 62% da obra concluída, a ponte é uma peça-chave da Rota Bioceânica, uma megaestrada que atravessará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, possibilitando a ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Estrutura e inovações da ponte
A ponte terá 1.294 metros de extensão, sendo 632 metros sobre o rio Paraguai, com um vão central de 350 metros. Os pilares principais alcançarão 130 metros de altura. O projeto também inclui faixas de rodagem de 3,60 metros, acostamentos, ciclovia e calçadas, além de mastros que simbolizam a integração entre os dois países.
O investimento na ponte, estimado em R$ 575,5 milhões, é financiado pela administração paraguaia da Itaipu.
Impacto econômico e logístico
A Rota Bioceânica promete revolucionar o transporte de mercadorias entre os continentes, encurtando em 9,7 mil quilômetros a rota marítima das exportações brasileiras para a Ásia. Estima-se que a viagem para a China seja reduzida em até 12 dias, tornando o corredor uma alternativa estratégica para o comércio internacional.
Acessos terrestres em andamento
No lado brasileiro, o acesso à ponte será feito pela BR-267, com a construção de um trecho de 13,1 quilômetros e um contorno rodoviário em Porto Murtinho, além de um centro aduaneiro para controle de fronteira. A obra, avaliada em R$ 427 milhões, integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve ser concluída em 26 meses.
No Paraguai, o acesso de 3,8 quilômetros em Carmelo Peralta já está em processo de licitação. Com o avanço da construção, a Ponte da Bioceânica promete não apenas facilitar o transporte e a integração entre os países, mas também impulsionar o desenvolvimento econômico de toda a região.