Concessão da Nova Raposo prevê R$ 1,3 bilhão para segurança viária

O Governo de São Paulo realizará na próxima quinta-feira, 28, o leilão de concessão do Lote Nova Raposo, que inclui trechos da rodovia Raposo Tavares e outros segmentos viários. O projeto prevê R$ 7,9 bilhões em investimentos, dos quais R$ 1,3 bilhão serão destinados a iniciativas de segurança viária.

O objetivo é reduzir o número de acidentes e congestionamentos, problemas recorrentes no trecho. A rodovia registra uma média de dois acidentes por dia no trecho entre São Paulo e Cotia, de acordo com dados do InfoSiga. Entre 2022 e 2023, foram contabilizados 56,2 sinistros por quilômetro e 50 mortes.

Investimentos em infraestrutura
Os recursos previstos incluem a construção de vias marginais, passarelas e ciclovias para melhorar a trafegabilidade e garantir maior segurança para motoristas, pedestres e ciclistas. O governo estadual destacou que o trecho de chegada à capital é o ponto crítico da rodovia, sendo o segmento estadual com o maior número de acidentes e mortes.

Leilão e participantes
As propostas das empresas interessadas foram entregues na sede da B3, em São Paulo, na segunda-feira, 25. O critério para o leilão será o de maior outorga fixa, com um valor mínimo estipulado de R$ 4,6 milhões. Dez municípios paulistas serão diretamente beneficiados pelo projeto: Araçariguama, Barueri, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

Entre as empresas que devem participar está a CCR, que recentemente arrematou a concessão da Rota Sorocabana por R$ 1,60 bilhão, com ágio de quase 270%.

A concessão do Lote Nova Raposo abrange três rodovias (SP-280, SP-270 e SP-029) e um trecho municipal que conecta Cotia e Embu das Artes, paralelo ao Rodoanel Oeste.

Encerramento de leilões
O certame da Nova Raposo marca o fim de uma série de leilões promovidos pelo Governo de São Paulo nos últimos dois meses. No período, foram arrecadados R$ 20 bilhões em investimentos, com concessões como a Rota Sorocabana, a Loteria Paulista e a operação de serviços não pedagógicos em cerca de 30 escolas.