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Fusões e aquisições no setor de infraestrutura crescem 150% em 2024

Investimentos estrangeiros impulsionam transações em saneamento, portos e rodovias
Por Redação em 19 de novembro de 2024 às 7h18
Fusões e aquisições no setor de infraestrutura crescem 150% em 2024
Foto: Reprodução/Pixabay
Foto: Reprodução/Pixabay

O setor de infraestrutura no Brasil registrou um aumento de 150% no volume de fusões e aquisições em 2024, totalizando US$ 17 bilhões (R$ 98 bilhões pelo câmbio atual) até outubro. Os dados, divulgados pelo UBS BB, apontam que a média por transação foi de US$ 700 milhões. Entre os principais movimentos, destaca-se a compra de 15% da Sabesp pela Equatorial e a privatização da Emae. As informações foram divulgadas pelo jornal Valor Ecnômico.

Segundo João Auler, executivo do UBS BB, a tendência é que o setor permaneça aquecido, com destaque para operações nos segmentos de saneamento, portos e rodovias. Investidores estrangeiros têm se mostrado mais ativos na infraestrutura em comparação a outros setores, que enfrentam maior cautela devido ao cenário fiscal.

No setor portuário, duas transações recentes chamaram atenção. A francesa CMA CGM adquiriu o controle da Santos Brasil, enquanto a suíça MSC assumiu a gestão da Wilson Sons. Entre as operações previstas, estão a venda do Porto Sudeste, para a saída do fundo Mubadala, e a alienação de ativos pela Prumo, incluindo um terminal de óleo no Porto do Açu, no Rio de Janeiro. A CLI (Corredor Logística e Infraestrutura), controlada pela australiana Macquarie e pela gestora IG4 Capital, também está em busca de compradores para seus terminais nos portos de Itaqui (MA) e Santos (SP).

No segmento rodoviário, a Monte Rodovias contratou o Bradesco BBI para intermediar a venda de 100% de suas operações. Especialistas indicam que investidores financeiros devem desempenhar um papel mais relevante nesse setor. Em saneamento, a privatização da Sabesp, realizada por meio de uma oferta subsequente de ações, atraiu forte interesse de investidores nacionais e estrangeiros.

“Muitas empresas precisam de nova capacidade de investimentos. Há operações que buscam trazer um sócio para aportar recursos”, afirma Bruno Aurélio, advogado do escritório Demarest.

Empresas envolvidas, como Mubadala, Trafigura, CLI e Monte Rodovias, não comentaram as negociações. A expectativa é de que o ritmo de transações continue elevado nos próximos meses, acompanhando o interesse crescente por ativos de infraestrutura no país.

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