Objetivo é aumentar a escala de exportação, diminuindo os custos operacionais
A cidade de Cambé foi escolhida para se tornar pólo de movimentação de contêineres no interior do Paraná. Isso graças à inauguração, hoje, do mais novo terminal de contêineres do Estado. O empreendimento é uma iniciativa da América Latina Logística (ALL) em parceria com a Standard – empresa especializada em logística de cargas frigorificadas.
Iniciadas no mês de março, as obras para a construção de um novo terminal ferroviário intermodal e os investimentos na aquisição de equipamentos para movimentação de contêineres (reach stackers), na adaptação de vagões e na instalação de uma rede de energia, consumiram R$ 10 milhões.
Na fase inicial, o terminal, que possui uma área total de 35 mil m2, terá capacidade para 600 contêineres/mês (20/dia), mas poderá movimentar até 1.200 contêineres mensais (40/dia) de cargas secas e/ou frigorificadas. A previsão de dobrar a operação baseia-se na possibilidade da captação de clientes, principalmente nas indústrias de móveis, pisos de madeira e cafeeira.
A infra-estrutura será ampliada a fim de atender à demanda. A diretora de Logística e Comercial da Standard, Linda Machado, informa que no mês de outubro serão iniciadas as obras da área de armazenagem. A previsão é de que estes espaços estejam operando em janeiro de 2007. “Teremos um armazém frigorificado com cinco mil posições-palete e outro seco com três mil posições”, afirma.
Localizado entre a rodovia que liga Cambé a Rolândia (PR) e a malha ferroviária, o terminal receberá carregamentos, por rodovia, provenientes da região Norte do Paraná, Sudoeste de São Paulo e todo o Mato Grosso do Sul. Ao chegarem, os contêineres serão transbordados para vagões plataforma da ALL e partirão por ferrovia rumo ao Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), de onde seguirão para exportação. Está prevista, também, a operação inversa, com a captação de cargas de importação com destino ao norte do Paraná.
De acordo com a ALL, o objetivo com a inauguração é viabilizar um corredor de exportação de contêineres, oferecendo ganhos de escala e diminuição de 20% nos custos operacionais. “Isto se dá por meio de uma logística completa, envolvendo coleta rodoviária, transbordo, armazenagem, transporte rodoviário e oferta de estoque avançado de contêineres vazios no norte do Estado”, complementou o diretor de Produtos Industrializados da ALL, Alexandre Campos.