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Leilão de trecho da FNS rende R$ 2,719 bi ao governo federal

Ferrovia será concedida à Rumo, que investirá R$ 2,8 bilhões
Por Redação em 28 de março de 2019 às 17h48

A Rumo, empresa do grupo Cosan, arrematou, na tarde de hoje, dia 28 de março, em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, um trecho de 1.537 km da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que vai de Estrela d’Oeste (SP) a Porto Nacional (TO).

O valor mínimo de outorga estabelecido era de R$ 1,353 bilhão e a oferta vencedora, realizada por meio da corretora Santander, foi de R$ 2,719 bilhões. O certame teve uma segunda proposta, feita pela VLI Multimodal, representada pela corretora Safra, de R$ 2,065 bilhões.

O prazo da concessão é de 30 anos e a previsão de investimento na ferrovia é de R$ 2,8 bilhões. A Rumo deverá prestar o serviço de transporte ferroviário e assegurar a manutenção da estrutura. A empresa também deve implantar planos ambientais, oficinas de manutenção e postos de abastecimento, além de investir na aquisição de equipamentos ferroviários e material rodante. “Temos que cumprir o cronograma do edital, em dois anos com a ferrovia rodando, e esperamos fazer isso o mais rapidamente possível, para gerar caixa o mais rapidamente possível também”, afirmou Júlio Fontana Neto, representante da Rumo.

Crédito: Beth Santos/Secretaria Geral da PR
Crédito: Beth Santos/Secretaria Geral da PR

A FNS foi projetada com o objetivo de se tornar uma espécie de espinha dorsal do transporte ferroviário brasileiro. As obras de construção da ferrovia foram iniciadas em 1987. O trecho entre Açailândia (MA) e Anápolis (GO), com cerca de 1.550 km, já está pronto para uso. Já o trecho entre Ouro Verde (GO) e Estrela d'Oeste, de 682 km, encontra-se com as obras em andamento.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freire, aproveitou a ocasião para indicar que os preparativos para novos leilões ferroviários estão em fase adiantada. Eles envolvem a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia, e a Ferrogrão, no Mato Grosso. “Ambas já passaram por consulta pública e muito em breve vamos mandar as duas concessões para análise do Tribunal de Contas da União (TCU)”. As informações são da Agência Brasil.

 
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