Três novos arrendamentos de áreas no Porto de Paranaguá (PR) devem promover um aumento de 57% na capacidade de carregamento diária de grãos do complexo, de acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Os processos de concessão serão conduzidos pela Secretaria Nacional de Portos, que atualmente está realizando ajustes finais nos projetos.
As concessões acontecerão mediante processo público e o prazo previsto para a seleção dos futuros arrendatários é 2018. “Não se trata da privatização do porto público, mas sim do arrendamento de algumas áreas disponíveis para a construção de novos armazéns graneleiros, que irão se interligar às áreas primárias públicas do porto”, explica o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Atualmente, o Corredor de Exportação (Corex) do Porto de Paranaguá conta com dez empresas atuando, além de uma em fase de implantação. A capacidade estática do Corex gira em torno de 1,5 milhão de toneladas, com capacidade de embarque estimada em 140 mil toneladas por dia, utilizando seis shiploaders.
“Com a implantação de dois novos armazéns e a inclusão de dois novos berços de atracação no Corex, a capacidade estática passará para 1,8 milhão de toneladas, ou seja, 20% a mais do que a capacidade atual”, explica Dividino. “Já a capacidade de carregamento diária terá um aumento de 57%, chegando a 220 mil toneladas”, completa.
Os três arrendamentos se referem a terminais destinados à movimentação de granéis sólidos vegetais e apresentam prazos de concessão de 35 anos. O Par-07, com área de 45.358 m² e situado dentro do complexo do Corex, deve demandar investimentos de aproximadamente R$ 328 milhões para o desenvolvimento do terminal e a construção de um berço de atracação no píer em forma de T.
O Par-08, por sua vez, localizado em frente ao berço 213, apresenta 41.129 m², precisará de um aporte de R$ 399 milhões e também inclui a construção do píer em T. Por fim, para o terminal portuário Par-XX, com área de 22.853 m² e situado onde se encontra atualmente o almoxarifado da Appa, além do terreno ao lado, serão necessários investimentos de aproximadamente R$ 193 milhões.
“Com a implantação desses novos projetos, a Appa pretende atender os navios na forma de janela de atracação, ou seja, com data marcada, zerando o tempo de espera para atracação, garantindo o pronto atendimento aos exportadores do Paraná e do Brasil”, finaliza Dividino.