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Natura adota novo modelo logístico

Por Redação em 28 de outubro de 2010 às 10h47 (atualizado em 12/04/2011 às 11h31)

Empresa descentraliza estoques e amplia centros de distribuição a fim de agilizar a operação

A Natura anunciou ontem, dia 27 de outubro, seu novo modelo logístico. Entre as novidades, destaque para a ampliação de seus atuais centros de distribuição – locais onde são realizadas as separações dos itens –, abertura de novos centros e inauguração de mais dois hubs, utilizados para a estocagem dos produtos. Além disso, a empresa anuncia o reforço estrutural de seus CDs na Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México a fim de prestar suporte ao crescimento do mercado internacional.

Sem revelar números consolidados, o vice-presidente de Operações e Logística da Natura, João Paulo Ferreira, afirma que os investimentos para as melhorias não serão muito diferentes daqueles aplicados no biênio 2009/2010; cerca de R$ 250 milhões. Segundo o executivo, o mais importante do projeto de mudança de modelo logístico é o fato de ele levar em consideração as variáveis que a empresa pretende seguir pelos próximos dez anos, como a otimização dos serviços prestados às consultoras, a redução de emissões de CO2 e a manutenção do ritmo de crescimento, estimado em 20% por ano.

Algumas iniciativas já foram concluídas, outras estão em andamento e algumas serão finalizadas no decorrer do próximo ano. Foram terminadas, por exemplo, as ampliações dos CDs de Canoas (RS), da Argentina, Peru e Colômbia. No Chile, a expectativa é a de que até o final do ano as obras sejam finalizadas. Quanto às inaugurações, a empresa já opera novos centros em Uberlândia (MG) e Castanhal (PA).

O ano de 2011 guarda as mais significativas mudanças. Além da ampliação das unidades de distribuição em Mathias Barbosa (MG), Simões Filho (BA) e Jaboatão dos Guararapes (PE), a Natura divulga a abertura de CDs em Curitiba e São Paulo e dos hubs em Salvador e Belém, que chegarão para descentralizar o estoque, hoje todo concentrado em Jundiaí (SP). O CD do México também será ampliado no início do próximo ano, assim como, no Brasil, a mudança de planejamento integrado que dará visibilidade de toda a cadeia – fábrica, centros de distribuição, estoque e transporte até as consultoras.

Ferreira faz um lembrete relacionado aos locais utilizados para armazenar e distribuir os produtos. “Utilizamos os sites de empresas parceiras. A tecnologia empregada nas operações é da Natura, mas os espaços são dos operadores logísticos”, diz.

Embora não tenha local definido, o novo CD em São Paulo merece destaque. Isso porque, o empreendimento - que terá 25 mil m² e tem previsão para ser inaugurado na segunda metade de 2011 - além de ser o único com operação própria, servirá para avaliar a introdução de novas ferramentas para, posteriormente, serem aplicadas, de acordo com as necessidades, nas demais unidades operacionais. O armazém receberá, por exemplo, um sistema de separação de pedidos (picking) que permitirá o controle de erros na separação por meio de cortinas óticas. Há outras funcionalidades. Por meio de um sistema denominado carrossel são as caixas se movem na área de estocagem ao invés do operador. “Nosso objetivo é triplicar a produtividade”, resume.

Um novo modal também foi introduzido e já auxilia na otimização operacional e implementação do novo modelo. O marítimo, até então não utilizado, já representa 4% das movimentações. Além do longo curso para a Argentina e Chile, a empresa também aplica a modalidade cabotagem, esta utilizada os envios destinados à Bahia. “A recombinação dos estoques e modais nos permitirão redução do tempo de entrega e também do impacto ambiental”, salienta.

O vice-presidente diz que as mudanças estão sendo realizadas levando em consideração a complexidade operacional. Segundo ele, parte do ciclo logístico da empresa é entregar, a cada 21 dias, 950 mil caixas de produtos para mais de 1,2 milhão de consultoras no Brasil, América Latina e França. Por ano, são 16 milhões de caixas separadas e entregues, ou 400 milhões de unidades. Ferreira não revela todos os índices, mas diz que, hoje, o ciclo de entregas diminuiu para 15 dias.

Internacional

Os investimentos realizados especificamente nos CDs fora do Brasil têm uma razão. Ferreira explica que a empresa já a partir deste ano passa de meramente exportadora para fabricante por meio de parcerias com terceiros. Na Argentina, já é produzido parte do portfólio da empresa e, em 2011, Colômbia e México iniciam as operações. “Cerca de 7% de nosso faturamento vem das operações internacionais. Este volume ainda não justifica fabricação própria, mas já permite a operação junto a terceiros”, diz.

As empresas selecionadas para realizar as tarefas são Just, na Argentina, que fará o envase de perfumaria e fabricação de produtos para o corpo, rosto e proteção solar; Hada, na Colômbia, responsável pela fabricação de sabonetes em barra; Prebel, também na Colômbia, que irá fabricar maquiagem, além de produtos para o corpo, proteção solar e envase de perfume; e Fortalab, no México, que fabricará produtos de cabelo e envasará perfumaria. 

Ferreira está otimista graças ao novo modelo logístico e finaliza deixando um recado. “Temos no nosso DNA um apetite pelo crescimento. Estamos em num momento muito importante, orgulhosos do nosso avanço nos últimos três anos, sedimentamos a evolução que fizemos no nosso modelo de gestão e agora nos preparamos para um novo ciclo”, ressalta.

www.natura.net

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