Veículos sairão da fábrica com selo para informar aos usuários a possibilidade de utilizarem uma mistura de até 2% de biodiesel no óleo diesel convencional
A partir do mês de outubro, todos os caminhões e ônibus produzidos pela Volkswagen sairão da fábrica com um selo afixado em seu pára-brisas. A medida visa informar os usuários sobre a possibilidade destes veículos utilizarem uma mistura de até 2% de biodiesel no óleo diesel convencional. Além disso, o selo oficializa o apoio da montadora ao Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – do qual é participante desde 2004.
Com a iniciativa, a VW torna-se apta a atender à lei federal n° 11.097, de 13 de janeiro de 2005. Nela, fica estabelecido que em 2008 a mistura conhecida como B2 – adição de 2% de biodiesel – passará a ser obrigatória e o B5 facultativo. Até 2013, o percentual de 5% será obrigatório.
Pensando nisso, a empresa já iniciou os testes com o B5. O engenheiro do produto, Gian Marques, informa que desde 2005 a Volkswagen verifica o funcionamento de dez caminhões com motores mecânicos pertencentes à frota da Companhia de Bebidas Ipiranga, distribuidora da Coca-Cola em Ribeirão Preto (SP). Os testes com ônibus também são realizados desde o ano passado. A Real Auto Ônibus, empresa do Rio de Janeiro, cedeu dois veículos para os estudos.
Marques explica que o trabalho consiste em analisar, durante 12 meses, o comportamento do veículo em operação e o estado da mistura armazenada no tanque. Após esse período, o motor é retirado e, por meio de um banco de dados, é realizada a análise da curva de desempenho. Para finalizar, os técnicos desmontam o motor para verificar de maneira visual e dimensional a durabilidade e o comportamento dos componentes. “Fazemos um comparativo com o uso do diesel convencional. Até agora, nos testes em operação, não detectamos qualquer problema de durabilidade ou quebras”, afirma.
As 130 concessionárias da montadora espalhadas para o Brasil já foram avisadas sobre o selo e a possibilidade da utilização do B2. A companhia divulgou, por meio de um comunicado interno, que a utilização da mistura não traz problemas ao funcionamento dos caminhões e ônibus. A empresa esclareceu ainda que os veículos continuam cobertos pelos planos de garantia disponibilizados pela fábrica.