Coimex obtém licença para obras do Terminal Embraport

Início da construção do terminal está previsto para o 1º trimestre de 2007

Investimentos de US$ 400 milhões, área de 803 mil m2 e capacidade para movimentar 1,2 milhão de contêineres por ano: os números mostram a dimensão do projeto de construção do Terminal Embraport, empreendimento de logística portuária do Grupo Coimex no Porto de Santos, que teve sua licença de instalação emitida pelo Ibama no início do mês de agosto.

Com a liberação, as obras do terminal devem começar no primeiro trimestre de 2007. A previsão é de a construção ser concluída num prazo entre cinco e sete anos, exigindo investimentos de US$ 400 milhões, dos quais US$ 240 milhões em obras civis executadas em até cinco anos e US$ 140 milhões em equipamentos adquiridos até 2017 – o cronograma de compras está em elaboração e sua definição ocorrerá de acordo com o projeto executivo do empreendimento.

Localizado ao lado da Ilha Barnabé, entre os rios Diana e Sandi, o Embraport terá um cais de 1.100 metros, dois píeres, armazéns cobertos, pátio ferroviário e estacionamento para carretas. Os números finais destas instalações também serão definidos juntamente com o projeto executivo “O terminal terá o que há de mais moderno em layout, infra-estrutura e equipamentos, com capacidade para atender embarcações de até 360 metros”, afirma Orlando Machado Jr., vice-presidente Executivo do Grupo Coimex.

A utilização do terminal será prioritariamente para contêineres e granéis líquidos. A expectativa é de uma movimentação de 1,2 milhão de contêineres e 2 milhões de m3 de álcool anualmente, produto cuja exportação será um dos focos principais do projeto. “O grupo participa ativamente desse mercado com a exportação de etanol por meio da Coimex Trading. O terminal será importante na medida em que o Brasil é reconhecido como um forte exportador do produto”, explica Machado Jr.

O Embraport trará novo fôlego para o Porto de Santos, que já opera próximo do limite, ampliando sua capacidade instalada em até 10%. A empresa teve apoio de uma consultoria internacional, a Nathan Associates, para realizar estudos de mercado e identificação de oportunidades de negócio, que confirmou a demanda não atendida no porto para contêineres.

Com o novo empreendimento, a previsão é da criação de mais dois mil postos de trabalho diretos e indiretos, o que representará uma injeção de mais de R$ 55 milhões por ano na economia local em salários e encargos. Além disso, o novo terminal deverá, em plena ocupação, levantar anualmente em impostos R$ 19 milhões no município de Santos e R$ 95 milhões para o Governo Federal.

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