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Produção industrial brasileira registra queda de 0,6% em julho, diz IBGE

O setor industrial também registrou uma queda acumulada de 0,4% ao longo deste ano
Por Redação em 5 de setembro de 2023 às 11h54
Produção industrial brasileira registra queda de 0,6% em julho, diz IBGE
Foto: Reprodução/Pixabay
Foto: Reprodução/Pixabay

A produção industrial do Brasil enfrentou uma queda de 0,6% em julho deste ano, em comparação com o mês anterior, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (5).

Em relação a julho do ano passado, a queda atinge 1,1%. O setor industrial também registrou uma queda acumulada de 0,4% ao longo deste ano. Entretanto, ao considerar o período de 12 meses, a indústria permaneceu estável.

O pesquisador do IBGE, André Macedo, enfatizou que o setor industrial está atualmente 2,3% abaixo do nível pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 18,7% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.

Das 25 atividades industriais avaliadas, 15 delas apresentaram queda na produção de junho para julho deste ano. Os setores mais afetados incluíram veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%), e máquinas e equipamentos (-5%).

Por outro lado, nove atividades registraram aumento na produção, com maiores destaques para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%), e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).

Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, três delas tiveram queda de junho para julho: bens de capital, como máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-7,4%); bens de consumo duráveis (-4,1%); e bens intermediários, ou seja, insumos industrializados usados na produção (-0,6%). Apenas os bens de consumo semi e não duráveis apresentaram aumento no mesmo período (1,5%).

Em 2023, a produção industrial registrou crescimento em apenas dois meses: março (1,1%) e maio (0,3%). Em junho, o setor permaneceu estável, enquanto os outros quatro meses apresentaram quedas: -0,2% em janeiro, -0,3% em fevereiro, -0,7% em abril, e -0,6% em julho.

André Macedo destacou que uma das principais razões para esse desempenho menos vigoroso é a alta taxa de juros básicos no país, afirmando que o reflexo negativo de uma política monetária mais restritiva, com taxas de juros mais elevadas, tem um impacto importante sobre a evolução dessa produção industrial. Ele acrescentou que a dificuldade na concessão de crédito para a compra de bens de alto valor afeta particularmente a indústria de bens de consumo duráveis, que está 22,6% abaixo do nível pré-pandemia e 42,1% abaixo de seu pico histórico em março de 2011. Comparado a dezembro do ano passado, esse segmento está 7,4% abaixo.

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