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Governo federal avalia positivamente aumento de biodiesel no óleo diesel

Ministério de Minas e Energia divulgou uma nota direcionada aos consumidores de diesel B
Por Redação em 25 de abril de 2023 às 10h04
Governo federal avalia positivamente aumento de biodiesel no óleo diesel

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou uma nota na última quarta-feira (19) direcionada aos consumidores de diesel B, que é o que contém 12% de biodiesel, avaliando positivamente o aumento do biodiesel no óleo diesel. De acordo com o ministro Alexandre Silveira, elevar o teor de biodiesel no diesel para 12% (mistura chamada de B12) foi acertada quanto à oferta, qualidade e quantidade.

“A decisão valoriza a importância do mais alto colegiado da Política Energética Nacional, o CNPE, considerando todos os aspectos envolvidos de preço, qualidade e oferta”, disse o ministro.

A nova resolução ainda incluiu a exigência de novos dispositivos para o controle de qualidade ao longo da cadeia de distribuição do produto, como a obrigatoriedade do produtor de biodiesel possuir um sistema de filtração ativo e operacional com, no máximo, dez micrômetros de poro para retenção de contaminantes. A normativa determinou também o monitoramento da estabilidade oxidativa nas bases de distribuição, além da obrigatoriedade de drenagem semanal dos tanques de armazenamento de biodiesel.

“Os preços do diesel caíram R$ 0,04 por litro com o B12, protegendo o consumidor. Além disso, o trabalho de melhoria da qualidade do diesel e do biodiesel é constante. Dessa forma, a evolução das especificações melhora sua adequação ao uso, garantindo um combustível melhor para os consumidores”, ressaltou Alexandre Silveira.

Medida divide opiniões
Desde fevereiro a medida vem dividindo opiniões. Enquanto empresários do agronegócio e produtores de biocombustíveis comemoram o aumento na mistura estabelecida por lei, alguns players dos setores de transportes e logística ainda encaram a medida com cautela.

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) foi uma das primeiras a se posicionar em nota contra a possibilidade do aumento, ainda em fevereiro. As ressalvas foram desde um possível aumento no preço dos combustíveis, culminando em inflação, a preocupações em relação à segurança do biodiesel para o maquinário dos veículos.

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Em resposta à CNT, a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) lançaram uma nota conjunta acusando a confederação de "disparar inverdades" em uma estratégia de "enganação da opinião pública".

A tréplica veio em uma outra nota conjunta assinada por 9 entidades representantes do setor de transportes: a própria CNT, Brasilcom, Abimaq, Anfavea, Abicom, SindTRR, Fecombustiveis, NTC & Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística e Fenabrave. As associações travam uma disputa sobre a sustentabilidade do biodiesel, e se o seu uso em maiores concentrações é seguro e economicamente viável no Brasil.

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