A Iveco anuncia que entregará, até o final de fevereiro, o primeiro veículo financiado por meio do Programa de Incentivo à Renovação de Frota de Caminhões do Estado de São Paulo. Ao todo, a montadora fornecerá oito caminhões Iveco Stralis – nas motorizações com 360 e 400 cavalos. O programa estadual, que condiciona a entrada de um novo caminhão à retirada de um antigo, pretende financiar cerca de 1.000 caminhões novos.
O Programa de Renovação de Frota do Estado de São Paulo começou em maio do ano passado e tem como objetivo modernizar a frota de caminhões por meio de linhas de financiamentos com recursos próprios da Desenvolve SP (agência estadual de fomento à economia). A linha de crédito obtido por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com taxa de 0,25% ao mês. Vale lembrar, contudo, que o Governo Estadual subsidia esses juros, e entrega uma taxa de 0% para o caminhoneiro. O prazo de financiamento chega a até 96 meses, incluindo a carência máxima de até seis meses.
O público-alvo são caminhoneiros autônomos da área de transporte que atuam no Porto de Santos (SP), local onde está sendo realizado o projeto-piloto do programa. Para ter acesso aos financiamentos, o interessado deve ser associado ao Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista (Sindicam) e ter o seu veículo regularizado junto ao Detran/SP.
Segundo o coordenador de Marketing e Comunicação do Sindicam, Carlos Magalhães, a entidade que já possuía esse projeto há dois anos, nasceu baseado em programas semelhantes feitos em países como México e Estados Unidos. Para ele, a renovação da frota pode iniciar uma profunda mudança no segmento de transporte, pois um novo caminhão mudará para melhor tanto a logística das operações no porto, como o perfil do próprio caminhoneiro, que terá um veículo moderno e produtivo para o seu dia-a-dia.
A escolha do novo caminhão é feita pelo caminhoneiro. É obrigatório que, ao ter seu financiamento aprovado, o beneficiado encaminhe seu antigo veículo à reciclagem, feita por empresas licenciadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). O programa aplicado em Santos, após avaliação dos resultados, poderá ser estendido para outras regiões portuárias do Brasil.