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Vila do Conde ganha serviço de cabotagem dedicado da Aliança

Companhia de navegação cria o Anel 6, atendido por um navio com capacidade para 1.700 TEUs; rotação inclui também Pecém
Por Redação em 23 de outubro de 2018 às 11h00

A Aliança Navegação e Logística lança um serviço de navegação costeira dedicado à Vila do Conde (PA). A companhia atua no terminal há três anos por meio do Anel 1 da cabotagem, mas graças ao crescimento da demanda na região e a necessidade de reduzir o transit time optou por empregar uma nova embarcação para atender este porto, o Aliança Leblon.

Agora com o aplicação deste navio, que tem capacidade de 1.700 TEUs, a empresa cria o Anel 6, escalando somente Vila do Conde e Pecém (CE). Além de reduzir o tempo de trânsito, o novo serviço permite o ajuste das janelas operacionais nos demais portos ao longo da costa brasileira no Anel 1, trazendo mais confiabilidade e pontualidade ao serviço. Ao criar o serviço, o Anel 1 deixará de ir à Vila do Conde, mantendo sua rotação de Manaus a Itapoá (SC).

Segundo informações da empresa, apesar da alta do dólar e do aumento dos fretes após a greve dos caminhoneiros, a companhia conseguiu manter o crescimento do serviço de cabotagem em dois dígitos (28%) no terceiro trimestre do ano. A previsão é fechar o ano com um incremento acima de 15% em seus negócios.

Atualmente, os setores que mais utilizam o serviço de cabotagem da Aliança são os de maquinaria, madeira compensada, móveis, eletroeletrônicos, alimentos industrializados, higiene e limpeza, além de borracha, aço e alumínio. “Temos ampliado vários projetos em diversos segmentos. Trajetos que antes não se apresentavam economicamente viáveis para a cabotagem, tais como Sul-Sudeste ou fluxos de retorno do Nordeste para o Sudeste, vêm registrando incremento muito forte em nossas operações”, diz o gerente de vendas Cabotagem da Aliança, Jaime Batista.

Há outros planos de expansão. “Nosso próximo passo é ampliar a participação entre as farmacêuticas”, divulga Batista.

O executivo ressalta que no decorrer de 2018, a empresa registrou crescimento de 12% no número de clientes. “Estamos ampliando cada vez mais a nossa atuação em setores que ainda não utilizavam o modal marítimo. Em função de fatores sazonais, acreditamos que haverá uma demanda significativa de cargas sensíveis, como alimentos refrigerados, que podem contar com os nossos contêineres reefers, equipados com tecnologia de ponta para que os produtos cheguem ao destino da forma como saíram, ou seja, em perfeito estado”, reforça.

Frota

Para atender à capilaridade, a Aliança investiu em embarcações. Ao final de 2017, por exemplo, passou a contar com dois navios de bandeira brasileira da classe ‘Exploradores’, com capacidade de 3.800 TEUs, que substituíram embarcações mais antigas e menores, dentro da proposta de renovação contínua da frota. Em Outubro deste ano, a empresa substituiu um dos navios de 3800 TEU por uma embarcação da classe “Monte”, com capacidade para 5550 TEU.

Com os novos navios, houve incremento de capacidade semanal da ordem de 20%, ampliando a cobertura com um número maior de frequências entre o Sul, Sudeste e Nordeste do País. “Contamos com um serviço porta a porta eficiente, que amplia a confiança dos nossos clientes em relação à cabotagem, cumprimento de prazos e uma taxa de avarias praticamente nula”, garante o diretor de Cabotagem e Mercosul da Aliança, Marcus Voloch.

O executivo salienta, ainda, que as perspectivas são positivas. “Acreditamos no potencial de crescimento do serviço no Brasil e, apesar das adversidades, continuamos investindo na expansão da nossa cabotagem”, garante.

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