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Vice-presidente Mundial de Logística da HP traça panorama do mercado

Por Redação em 10 de setembro de 2010 às 16h02 (atualizado em 12/04/2011 às 12h31)

Para o executivo, as empresas de logística devem ser colaborativas

A Universidade do Transporte (UT), instituição de ensino corporativa da Transportadora Americana, promoveu hoje, dia 10 de setembro, em Americana (SP), um encontro com o vice-presidente Mundial de Logística da Hewlett-Packard (HP), Leo Bischoff. Sob o tema, “Mercado Logístico Brasil x Ásia”, o executivo discorreu sobre as realidades apresentadas, as iniciativas que vêm sendo tomadas e os desejos de um grande embarcador frente aos grandes provedores logísticos.

 Para o vice-presidente, é preciso ser criativo e investir em automação a fim de que os custos operacionais sejam barateados e os desafios propostos superados. Ele enumera alguns aspectos que, hoje, devem ser levados em consideração, como o preço do petróleo – principalmente para aquelas empresas que mais utilizam o frete aéreo – e as realidades dos modais marítimo, aéreo, rodoviário e ferroviário.

De acordo com o executivo, a HP é um pouco diferenciada. Isso porque, o frete aéreo é o mais representativo, possibilitando que a companhia negocie diretamente com os fornecedores. O modal marítimo, que, na opinião de Bischoff será o mais utilizado nos próximos anos, segue o mesmo raciocínio. “Somos grande embarcadores, cerca de 100 mil contêineres por ano”, diz. Entre as problemáticas identificadas, Bischoff destaca a falta de capacidade de transporte dos armadores. “Há contêineres que ficam parados na Ásia por falta de espaço, por isso pequenos embarcadores pagam o que for pedido pelo transporte”, afirma. Além disso, lembra, atualmente há falta de contêineres no mercado e aqueles disponíveis têm avarias. “Nossa expectativa é que no início do próximo ano a oferta de espaço melhore e os preços se tornem mais competitivos”, define.

 Com relação ao modal aéreo, o executivo afirma estar estável, com tendência de queda no preço dos fretes. Já no modal rodoviário, ele caracteriza o mercado americano e descreve a similaridade entre o brasileiro e chinês. “Os americanos trabalham com o conceito de carga cheia, e não fracionada como no Brasil e na China, o que barateia os custos”, frisa. Ele completa dizendo que no país asiático e no Brasil as multinacionais não têm demonstrado interesse em investir. “Nestes dois países as empresas locais são mais fortes devido à complexidade operacional”, resume.

Quanto às ferrovias, Bischoff destaca o trabalho realizado na China, reforçando a ampliação da malha, principalmente a de alta velocidade que, segundo ele, é a maior do mundo.

Breve comparativo

O vice-presidente Mundial de Logística da HP aproveitou a oportunidade para comparar as ações realizadas no Brasil e na China em diferentes aspectos. Ele, porém, focou as ações realizadas na Ásia, já que a realidade brasileira é conhecida.

Com relação à infraestrutura ele destacou a constante ampliação da malha em território chinês. Quanto à segurança, o Brasil, segundo o executivo, é pioneiro no desenvolvimento de soluções para evitar ocorrências. A iniciativa, contudo, faz com que o custo operacional no Brasil seja três vezes maior. Os investimentos são um caso à parte. “Na China, há concorrência entre as províncias para atrair investidores”, salienta.

O que fazer

De acordo com Bischoff, a logística no Brasil melhorou muito nos últimos 15 anos e para aperfeiçoá-la sugere às empresas serem mais colaborativas. “Temos no país limitações de investimentos e de ações governamentais, mas podemos mudar essa realidade e superar os desafios trabalhando em parceria – embarcadores, provedores logísticos e governo – e sugerindo mudanças”, ressalta.

Para as empresas de logísticas brasileiras, o executivo faz uma revelação e dá mais um conselho. “Trabalho com todos os grandes fornecedores globais, porém nenhum oferece todas as soluções que necessito. Eles se preocuparam nos últimos anos a comprar outras empresas, mas se isso não se reverte em serviço para a minha empresa não interessa”, enaltece. Bischoff conclui dizendo que o fornecedor de serviços logísticos deve conhecer o negócio de seu cliente para que ambos tenham a mesma percepção operacional.

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