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Logisvale discute gargalos e cobra soluções

Por Redação em 18 de junho de 2009 às 10h56 (atualizado em 15/04/2011 às 14h13)

Abertura foi marcada por cobranças quanto à utilização do aeroporto, duplicação de rodovias e abandono de projetos governamentais

A 8º Edição do Logisvale – Simpósio e Feira de Logística e Comércio Exterior do Vale do Paraíba começou ontem, dia 17 de junho, em São José dos Campos (SP), ressaltando a importância da região como pólo industrial e cobrando das autoridades medidas que contribuam para o escoamento da produção de uma forma otimizada. Duplicação de rodovias e melhor utilização do aeroporto da cidade foram alguns dos temas em destaque.

O presidente da Comissão Organizadora do Logisvale, Luiz Antônio Guimarães, aproveitou a oportunidade para estimular os presentes a debater todos os temas relacionados ao comércio exterior regional a fim de gerar negócio. Segundo ele, a crise não é desculpa para os executivos ficarem estagnados. “Neste momento é que a janela de oportunidades se abre para que as empresas se desenvolvam. Não é o momento de encolher”, afirma.

Já o presidente do Sindicado dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp), Valdir Santos, lembrou que há um ano a entidade cobrou a liberação do aeroporto de São José dos Campos para receber aeronaves. O trabalho deu resultados. De acordo com ele, hoje a cidade já é rota e o sindicato crê no crescimento sustentável da região.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos (ACI-SJC), Felipe Cury, também mencionou a importância do terminal aeroportuário para as empresas locais, mas não é tão otimista quanto Santos. “Nosso aeroporto se chamava aeroporto internacional de cargas. Hoje, ainda faltam as cargas”, lamenta. Para o presidente, o terminal deve ser um facilitador na importação de insumos e na exportação de produtos acabados. Cury cobra outra ação. Na opinião dele, é preciso fortalecer a utilização das ferrovias. O presidente finaliza afirmando que o Logisvale, além de um evento técnico, deve ser político. “Precisamos ter força para cobrar, a região deve ser ouvida”, diz.

O discurso do diretor do Centro das Indústrias do estado de São Paulo em São José dos Campos (Ciesp-SJC), Almir Fernandes, também teve tom de cobrança. Segundo ele, o tão falado corredor de exportação que passaria pela cidade até o Porto de São Sebastião não é mais tema governamental. A duplicação da Rodovia dos Tamoios também, segundo Fernandes, não mais comentada. “Precisamos utilizar o evento para que as promessas não caiam no esquecimento”, afirma.

Já o superintende da região Sul da Infraero, Jorge Erdina, aproveitou a oportunidade para responder as críticas quanto a não utilização do aeroporto local. “Temos interesse na região e o aeroporto é um instrumento logístico colocado à disposição do mercado e deve ser utilizado da melhor forma possível”, diz. Ele, porém, faz uma ressalva. “O crescimento do aeroporto está diretamente relacionado ao desenvolvimento da região”, afirma.

Sem entrar em polêmicas, o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, se limitou a comentar sobre a importância do debate neste momento de crise. Quanto à cidade, Cury comemorou o fato de o município se beneficiar com o novo pólo petroleiro em Caraguatatuba e a camada pré-sal. “Temos na região a tecnologia para extração”, define.

www.logisvale.com.br

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