Investimento em infraestrutura e sistemas de informação são os destaques
A TAM Cago divulgou durante a Intermodal que aplicará ao longo deste ano R$ 10 milhões na ampliação de seus terminais de cargas, com ação imediata em São José dos Campos (SP), Rio Branco e Recife, além de melhorias nos sistemas de informação, como rastreamento de cargas. O terminal da cidade paulista começou a operar com as novas instalações no início do mês de abril, Rio Branco, em março, e Recife no próximo mês de maio.
O diretor de Cargas da TAM, Carlos Amodeo, explica que a unidade de São José dos Campos serve como um corredor, ou seja, envia cargas produzidas localmente para outros estados e recebe itens que serão distribuídos na região. “Manipulamos carga standard – máquinas, equipamentos e peças. A movimentação no local, cerca de 33 toneladas por mês, se caracteriza por maiores volumes por envio”, diz.
O terminal de Rio Branco, conta Amodeo, possui uma peculiaridade. “Por ser uma capital não produtiva em termos de indústria ela é uma cidade importadora”, diz. Ele calcula que a unidade da capital acreana também movimente 33 toneladas por mês. Já o terminal do Recife se caracteriza pelo recebimento e envio de mercadorias, principalmente perecíveis – pescados e frutas. “O terminal da capital pernambucana também é um ponto captador de carga de outros estados, como Paraíba e Rio Grande do Norte”, resume.
Acordos
Outras ações compõem a estratégia da companhia para este ano. Amodeo destaca, por exemplo, a cobertura global da empresa. “Faremos isso por meio de acordos de Special Prorate Agreement (SPA). Realizaremos contratos com origem nossa junto a companhias aéreas que voam para locais onde a TAM não opera”, diz.
O executivo explica a operação. “As mercadorias terão origem no Brasil e serão enviadas para alguma cidade operada pela TAM no exterior. Neste ponto, os produtos serão transferidos para as aeronaves da empresa parceira e enviadas até o destino final”, conta. Hoje, a TAM já possui seis acordos e até o final do ano a meta é atingir 30.
O fluxo contrário também ocorrerá. As empresas parceiras trarão os produtos até os pontos por ela operado no Brasil. A partir destes locais, os itens serem enviados ao destino final pela TAM. Até o final do ano, informa, o objetivo é aumentar a movimentação pela modalidade SPA em 50%. O número fechado não foi divulgado.
Infraestrutura
O ano de 2009 também marca o início do projeto de construção de um novo terminal de cargas de Guarulhos (SP). Hoje, a empresa ocupa no município uma unidade de 800 metros quadrados. Amodeo ressalta que o empreendimento não será concluído este ano. O prazo para o início das operações ficou estipulado em dois anos.
A melhoria dos sistemas de comunicação e rastreamento também está entre as metas. A ferramenta, que será implementada nos 54 terminais da empresa – atualmente 18 unidades já trabalham com a tecnologia –, permite o acompanhamento, via web, de todos os processos. “O cliente pode rastrear seus produtos desde a hora da coleta até a entrega final. Tudo é rastreado, evento por evento e volume por volume, seja um volume de dez toneladas ou 500 pacotes de um quilo cada um. Temos um rastreamento unitário”, salienta.
Quanto à introdução de um cargueiro – aeronave de aplicação dedicada –, o executivo diz que sua utilização ainda não se paga em virtude dos custos. Segundo ele, a companhia opera hoje com 130 aeronaves, que vão desde o Boeing 777 à linha Airbus – A 340, 330, 321, 320 e 319 –, e a utilização dos porões das aeronaves de passageiros atendem às necessidades.