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Aliança amplia oferta na cabotagem

Por Redação em 22 de abril de 2009 às 14h36 (atualizado em 05/05/2011 às 11h10)

Empresa coloca novos navios na costa brasileira e aumenta em 20% a capacidade de transporte

A Aliança Navegação e Logística mostrou na Intermodal as vantagens competitivas da cabotagem, que além do menor custo – entre 15% e 20% em comparação ao modal rodoviário –, é mais benéfica ao meio ambiente. A empresa anunciou mais investimentos no setor, com a substituição dos navios Urca e Leblon, com capacidade para 1.200 TEUs, pelas embarcações Santos e Manaus, com capacidade para 2.500 TEUs cada e idade operacional de quatro anos.

Desta forma, a empresa amplia em cerca de 20% sua oferta de transporte semanal, que chega a 20 mil TEUs, e aumenta o escopo da BR-Marítima, divisão lançada há três anos e que oferta serviços como porta a porta, carga fracionada, projetos logísticos customizados e transporte de cargas pesadas. Recentemente, a empresa inaugurou escalas nos portos catarinenses de Imbituba e São Francisco do Sul, fazendo a ligação da região com o Mercosul, o Norte e o Nordeste do país. E, por meio de sua co-irmã Hamburg Süd, a empresa ainda faz parte de um consórcio com o Conglomerado Battistella, que irá operar o Tecon SC, terminal de contêineres ao lado do Porto de São Francisco do Sul, com inauguração prevista para o início de 2010.

Segundo o gerente nacional de Cabotagem da Aliança, Jaime Batista, a movimentação no modal ainda está confusa, por conta das mudanças geradas pela crise econômica mundial, que afeta também o Brasil. Enquanto algumas cargas tradicionais da cabotagem tiveram seu movimento reduzido, como o aço, por exemplo, outras migraram do rodoviário em busca de menores custos. É o caso do segmento de duas rodas, que antes utilizava o rodofluvial ou mesmo o aéreo, e vem buscando os serviços da Aliança. “Nós já operávamos as motocicletas de alta cilindrada, e agora estamos vendo um aumento da baixa cilindrada também. As vendas do setor já estão reaquecendo, mas as fábricas em Manaus ainda estão com estoques elevados”, diz Batista. Ele calcula que, apenas em 2009, enquanto a cabotagem como um todo aumentou entre 15% e 20%, o transporte de motos pelo modal aumentou em cerca de 200% na Aliança.

Outro setor que de acordo com o gerente vem rompendo paradigmas é o alimentício. “Eles se abriram à cabotagem. Tivemos não apenas aumento de sondagens, mas embarques efetivos”, afirmou Batista, sem citar os clientes por motivos contratuais. “Eles buscam redução de custo e estão olhando para outros modais além do rodoviário”.

O gerente destaca que, para a região Norte, o transit-time é praticamente o mesmo do rodoviário, com custos reduzidos e segurança muito maior. “Além das estradas ruins, dependendo da época do ano o caminhão enfrenta filas para embarcar nas balsas, que levam cerca de cinco dias entre Belém e Manaus, enquanto o navio faz o mesmo trajeto em menos de dois dias. Do Nordeste para o Norte a cabotagem é muito mais vantajosa”, garantiu, frisando que o modal, aliado ao ferroviário, pode viabilizar o mercado para empresas que ainda não operam na região devido ao custo do transporte.

Além de fazer o intermodal com o caminhão, a Aliança também opera com a ferrovia, com dois terminais rodoferroviários no interior paulista, nas cidades de Jundiaí e Paulínia, viabilizando ainda mais a cabotagem.

A empresa destacou outras vantagens do modal, como a segurança e a integridade da carga. Enquanto o rodoviário registrou mais de 11 mil casos de roubo de cargas em todo o Brasil em 2007, segundo pesquisa da NTC&Logística, e o estado de São Paulo teve mais de 6,3 mil ocorrências no ano passado, de acordo com o Setcesp, a Aliança registrou apenas uma ocorrência nos últimos dois anos.

Além disso, o modal é o que apresenta menor emissão de CO2 por TKU (Tonelada por Quilômetro Útil): 15g/TKU, contra 50g/TKU do rodoviário e 540g/TKU do aéreo. A cabotagem também é o modal que apresenta melhor eficiência energética, consumindo cinco litros de combustível por tonelada transportada por mil quilômetros, contra 40 litros do rodoviário, segundo pesquisas realizadas na Alemanha.

Pertencente ao grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd, a Aliança teve um faturamento de R$ 2,4 bilhões em 2008, quando movimentou cerca de 518 mil TEUs.

www.alianca.com.br

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