Portos da região Sul são atendidos direto pelo hub de Hong Kong. Aeronaves atraem indústrias para o portfólio
A agenciadora de carga Asia Shipping mostrou durante a feira seu novo serviço de consolidação de carga. Há três meses, a empresa envia diretamente aos portos de Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e Rio Grande (RS) cargas provenientes de seu hub em Hong Kong. O diretor, Alexandre Pimenta, conta que as principais cargas manipuladas são eletrônicos, partes e peças e produtos acabados. “O serviço é semanal e já estamos entregando dois contêineres em cada terminal”, diz. A expectativa para o final do ano, anuncia, é aumentar a movimentação em 70%.
Pimenta explica que o objetivo com as novas rotas é atrair aqueles clientes que anteriormente operavam via o Porto de Santos (SP). Neste caso, após chegarem ao porto paulista, as mercadorias eram enviadas à região Sul via rodovia. O diretor lembra que o transit time entre Hong Kong e os quatro portos brasileiros é o mesmo, mas, agora, se ganha tempo devido a não utilização de caminhões. “Reduzimos em 20 dias o prazo de entrega e em 15% os custos”, diz.
Aéreo
Pimenta também apresentou novidades da empresa no modal aéreo. No início do mês de janeiro foi colocada em operação a consolidação de cargas a partir da Hong Kong Xangai, Kuala Lumpur, Jacarta, Cingapura, Taipé e Shenzhen para os Aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Guarulhos. “São dois voos semanais e quatro contêineres com eletrônicos e peças por destino”, frisa. A meta para até o final do ano é ampliar em 120% este negócio.
Outra novidade é a operação, ainda não regular, do envio de contêineres da China para os aeroportos de Curitiba e Porto Alegre. A ideia, conta Pimenta, é que em seis meses essas duas linhas se tornem semanal.
O executivo ressalta que os novos serviços aéreos reforçaram a presença de indústrias na carteira de clientes da companhia. “No marítimo trabalhamos muito com importadores, empresas que trazem o produto acabado. Agora com o aéreo importamos insumos”, explica. Os números comprovam a tese. O diretor calcula que a indústria representa 70% das movimentações no aéreo enquanto no marítimo responde por 15%. Vale lembrar que as aeronaves são utilizadas apenas na importação.