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ECR cria grupo para discutir cabotagem no país

Por Redação em 4 de outubro de 2007 às 15h24 (atualizado em 25/04/2011 às 11h12)

Costa navegável de quase oito mil km e más condições das estradas colocam a cabotagem como alternativa ao transporte rodoviário

A fim de incrementar a utilização da cabotagem e aumentar a agilidade e a eficiência de toda a cadeia de abastecimento, a Associação ECR Brasil formou um grupo, no mês de agosto passado, para discutir soluções estruturais e estabelecer processos prioritários necessários à expansão do uso da navegação doméstica.

A análise dos modelos de serviços e contratos, a importância de um elo de integração entre os diferentes modais logísticos para gerenciar o serviço aos embarcadores e aos recebedores e os procedimentos de gerenciamento de risco na interação dos vários transportes estão entre os assuntos discutidos pelo grupo de estudos. “Existem questões que ainda necessitam de definições, como a paletização versus o transporte de mercadorias em contêineres e os procedimentos administrativos eficientes, como o uso do EDI”, explica Claudio Czapski, coordenador do Grupo de Cabotagem e Superintendente da Associação ECR Brasil.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 41,3% dos clientes consideram a cabotagem mais vantajosa do que os outros meios de transporte por causa do menor custo do frete; 25,9% em razão da segurança da carga; 12,2% pela confiabilidade dos prazos; e 11,1% pelo baixo nível de avarias. O levantamento também revelou que a maioria dos entrevistados (69,2%) considera satisfatório o desempenho das empresas de cabotagem.

Desafios

Apesar das condições favoráveis, as operações de navegação doméstica ainda não incorporam os avanços de processos e práticas compartilhados já usuais no transporte rodoviário. “Nessa área são comuns desafios relacionados ao tratamento da carga para logística reversa, à não adequação da equipe do recebedor para manipulação da carga e à descarga de contêineres. Uma maior integração entre embarcadores, recebedores, terminais portuários e provedores de transporte terrestre e ferroviário possibilitaria o desenvolvimento de melhores práticas para a logística de cabotagem”, afirma Czapski.

Participam do grupo da ECR Brasil órgãos públicos, instituições de ensino e empresas de vários segmentos, incluindo a Secretaria de Estado dos Transportes de São Paulo, Aliança, BRLog, Fundação Getúlio Vargas, Grupo JBS, Kraft Foods, Makro, McLane, Pão de Açúcar, Wal-Mart, Santos Bay Transportes e Spessoto Engenharia Logística.

www.ecrbrasil.com.br

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