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Abifer comemora 30 anos

Por Redação em 10 de setembro de 2007 às 14h54 (atualizado em 06/05/2011 às 12h16)

Entidade faz um balanço do setor e cobra soluções governamentais

A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), que neste ano completa 30 anos de atuação, aproveita a oportunidade e ressalta a importância do sistema ferroviário de cargas e de passageiros na sustentabilidade do desenvolvimento econômico do país. Cobrar soluções governamentais também faz parte da pauta.

Depois de passar os anos 70 com produção média anual de três mil vagões, os anos 80 com mil unidades/ano e na primeira metade da década de 90 com cerca de 100 vagões por ano, o setor se dividiu em dois períodos. O primeiro, anterior a 1996, ano em que foram estabelecidas as concessões privadas para a operação da malha ferroviária brasileira, marca um período de abandono e de ausência de investimentos. A segunda etapa do setor, aquela que marca a retomada, inicia-se quando do processo de desestatização dos sistemas ferroviários pertencentes à Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA).

Alguns números reforçam a tese. Segundo dados da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), as operadoras movimentaram em 2006 232,3 bilhões de TKU, crescimento de 73% se comparado ao ano de 1997. O presidente da Abifer, Luis Cesario Amaro da Silveira, assegura que com as privatizações e concessões do transporte ferroviário, a participação do modal na matriz de transporte brasileira, que era de 19% no final da década de 90, cresceu para 26%.

O aumento da atividade exigiu investimentos, tornando o leasing a modalidade de negociação mais utilizada para a obtenção de vagões. “As projeções para 2012 são de que o Brasil alcance 10% da frota nacional com vagões-leasing. Hoje, não chega a 5%. Vale lembrar que nos Estados Unidos mais de 50% da frota de vagões é representada por própria e leasing”, conta Silveira.

A indústria por um tempo acompanhou o aquecimento. Em 2005, as empresas do setor produziram cerca de sete mil vagões. No entanto, o setor, que tem capacidade produtiva de até 12 mil vagões por ano, deve fechar 2007 com produção abaixo de mil unidades. “Isso ocorre devido, entre outros pontos, à falta de expansão da malha ferroviária nacional e compromisso do governo Federal”, salienta.

Na avaliação do presidente da entidade, ainda que o cenário setorial se mostre pessimista, a expectativa da indústria ferroviária brasileira está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Isso porque, o programa pretende ampliar a malha, até o ano de 2010, com mais de 2.500 quilômetros de ferrovias, além da eliminar gargalos e construir contornos ferroviários. “Ainda é muito pouco para que o Brasil precisa, face á natureza das cargas transportadas e pela distância percorrida. O PAC privilegiou o sistema rodoviário, contemplando a construção de 6.876 quilômetros, a duplicação de 3.214 e a recuperação de 32 mil quilômetros de rodovias federais”, analisa Silveira.

Apesar das críticas e das dificuldades operacionais, o presidente destaca a atuação da indústria ferroviária brasileira. “Dentro do contexto mundial, possuímos uma das mais avançadas tecnologias de fabricação. Atualizar a tecnologia sempre foi meta da nossa indústria e é nela que encontramos a explicação para a rápida recuperação do nosso segmento industrial. Nossa indústria é a maior da América Latina e, na região, é a maior exportadora de equipamentos ferroviários para o sistema de transporte de cargas e de passageiros”, ressalta.

www.abifer.org.br

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