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Evento reúne profissionais do setor logístico

Por Redação em 4 de setembro de 2007 às 15h56 (atualizado em 06/05/2011 às 11h47)

2° Edição da Conferência Nacional de Infra-Estrutura Logística reforça a presença dos profissionais do segmento nas decisões

A cidade de São Paulo sediou hoje, dia 04 de setembro, a 2° Edição da Conferência Nacional de Infra-Estrutura Logística. O evento desta quarta-feira marca a continuidade de um projeto iniciado em agosto de 2006, data da primeira edição da conferência, e reforça a importância de se reunir num mesmo local diversos profissionais do segmento, a fim de estimular as discussões sobre os temas dia-a-dia das operações.

Na abertura dos trabalhos, o presidente do Conselho Consultivo da 2° Conferência Nacional de Infra-Estrutura Logística, Robert Caracik, fez um apanhado das ações após a primeira versão do evento. “Percebemos que o tema passou a fazer parte da pauta de discussões”, diz. Caracik aproveitou a oportunidade e cobrou dos administradores responsáveis por órgãos diretamente relacionados à atividade as novidades para equacionar os problemas.

O presidente também lembrou aos presentes sobre a formulação de um panorama, elaborado pelos profissionais, provenientes das mais variadas entidades de classe, que compunham o Conselho. “Nossa idéia é difundir as informações junto ao governo, comunidade logística e para o restante da sociedade”, resume.

Palestras

Na primeira palestra do dia, o diretor adjunto do Departamento de Infra-Estrutura e coordenador do Núcleo de Logística do Deinfra/Ciesp, Luis Augusto Ópice, afirmou não ser apenas o governo que está carente de práticas modernas, mas também as indústrias. Para ele, quanto mais as empresas avançarem, mais poderão cobrar de uma forma efetiva os órgãos governamentais.

Ópice ressaltou um outro ponto. “No Brasil, o grande problema é que não há gestão logística”, afirma. O executivo mais uma vez, contudo, chama a responsabilidade para os profissionais do setor. “Temos que falar sobre os problemas que nos afligem e perguntar ao governo por que terceiriza o ministério dos Transportes, designando um político para o cargo”, salienta.

Apesar das críticas, Ópice ressalta algumas evoluções. No segmento logístico o destaque fica por conta da criação da Secretaria Nacional dos Portos, enquanto numa análise macro o executivo aposta num crescimento constante da economia brasileira

Na segunda explanação do dia, o assessor técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves, falou sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e suas conseqüências para os transportadores de carga. Segundo ele, o programa é bom, mas está longe do ideal. Para Gonçalves, o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) é o programa que falta para o balizamento dos investimentos futuros, tanto públicos quanto privados. Há, entretanto, uma ressalva. “Falta no PNLT prevê a construção de mais rodovias”, frisa.

O assessor, porém, não se diz surpreso com este cenário. “Já vi muitos planos para mudar a matriz de transporte e isso nunca aconteceu. Acredito no declínio do rodoviário, mas não uma queda muito grande”, lembra.

Já o vice-presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Contra-Almirante José Ribamar Miranda Dias, divulga que a entidade crê nas promessas feitas durante a divulgação do PAC. “Rotulamos o programa de um feliz acaso, uma vez que nos trouxe a esperança de que o governo pode fazer algo”, enfatiza.

Na opinião de Dias, a locação dos recursos foi realizada de maneira correta. Um ponto, contudo, deve ser revisto. “O governo deve assumir a responsabilidade pela erradicação dos estrangulamentos nas ferrovias e não repassá-la aos concessionários”, salienta. O vice-presidente faz outro lembrete. “O PAC não pode ser tomado como alavanca para resolver tudo. Ele tem fôlego apenas para recuperar a malha viária”, diz.

O presidente da Agência de Desenvolvimento Tietê-Paraná, Carlos Schad, em contrapartida, é descrente quanto ao programa. “O PAC não vai mudar nada e faz parte de um ajuste sempre realizado pelos governos”, acredita.
 
Em sua palestra, Schad enumerou uma série de iniciativas que os players logísticos e os órgãos governamentais devem assumir para que o setor evolua. Disposição política e empresarial, preparo técnico, legal, econômico e ambiental e saber aproveitar as oportunidades que aparecem são alguns dos pilares que sustentam o crescimento. Além disso, o vice-presidente reforça que é preciso o empresariado adotar uma visão global do negócio, ser empreendedor e menos dependente do governo. “Temos que conhecer nossa realidade, saber as necessidades e parar de realizar comprarações”, afirma.

Leia mais sobre a conferência na edição 143 da Revista Tecnologística

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