Escola Nacional de Logística, com funcionamento previsto para janeiro de 2008, é uma das iniciativas
A Associação Brasileira de Logística (Aslog) abriu ontem, 25 de junho, sua XI Conferência Nacional de Logística, que se encerra hoje no final da tarde. O evento, realizado no Hotel Jaraguá, na região central de São Paulo, tem como meta estimular o relacionamento entre os diferentes profissionais envolvidos na operação logística. Além disso, a conferência conta com a realização de sessões empresariais e técnicas que demonstram, na prática, a aplicação das teorias. Para o presidente da entidade, Adalberto Panzan Jr., a abertura da conferência ratificou o trabalho da associação, baseado na seriedade das ações. “O auditório lotado reforça nossa linha de atuação”, disse ele.
Logo na abertura, o presidente anunciou o “Programa Brasileiro de Benchmarking em Logística”. Por meio dele, as empresas associadas à Aslog poderão contratar serviços de equipes de pesquisadores qualificados na área de benchmarking para avaliar suas atividades em busca de maior competitividade.
Outro destaque foi para o anúncio da criação da Escola Nacional de Logística. “Não vamos competir com instituições existentes, vamos nos concentrar em oferecer cursos de curta duração”, enfatizou. O presidente informou que a escola será uma geradora de conteúdo multimídia. É importante ressaltar que a Aslog comprou os conhecimentos, ou seja, professores desenvolveram os programas, servirão como consultores, e serão formados instrutores para reproduzi-los. “Agora, temos que consolidar e divulgar essas ações. Estamos prontos; em novembro lançaremos a escola e, a partir de janeiro, ela estará em funcionamento”, revela.
Conferência
Para Panzan, dois pontos são fundamentais no trabalho da Aslog e servem como parâmetro para a realização do evento. O primeiro está focado na geração e disseminação de conteúdo. “Um evento de dois dias, com 30 cases práticos e oito seções gerais é uma demonstração que estamos passando conteúdo para a comunidade logística”, resumiu. O executivo lembrou, ainda, que a participação de profissionais de diferentes segmentos – empresas nacionais e multinacionais, embarcadores, consultores, varejistas, atacadistas e do setor de tecnologia da informação e processos – reforçam as discussões.
Panzan informou que a definição dos palestrantes e cases, efetuada pelos 18 comitês técnicos temáticos da Aslog, são resultado de um ano e meio de trabalho. “Estes grupos debateram as melhores práticas. Houve dificuldades, uma vez que as empresas não gostam de abrir suas informações”, salientou.
Segundo o presidente, há um segundo pilar que sustenta as ações da Aslog e caracteriza a conferência, o chamado network profissional. “Reunimos 150 profissionais para conversarem e se conhecerem. Porém, partimos da premissa de que só conseguiríamos atrair as pessoas se tivéssemos um conteúdo de boa qualidade”, ressalta. O trabalho de geração de informação é contínuo. Pazan informou que, nos últimos três anos, todo o investimento da entidade foi direcionado para a criação de conteúdo.
Na tarde de ontem, houve debates sobre os modais ferroviário e rodoviário e, hoje, haverá sessões gerais sobre os modais aquaviário e aeroviário, além da continuidade das sessões com cases práticos empresariais.