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Projeto colaborativo na cadeia de suprimentos do Pão de Açúcar comemora um ano com resultados positivos

Por Redação em 20 de dezembro de 2005 às 14h26 (atualizado em 11/05/2011 às 17h23)

Visando melhorar a eficiência de sua cadeia logística, reduzindo os níveis de ruptura nas lojas, os custos e aumentar o giro a Companhia Brasileira de Distribuição – CBD, maior grupo varejista brasileiro, dono das redes Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas – iniciou em 2004 um projeto com 75 fornecedores, das três categorias principais (mercearia, não-alimentos e perecíveis). A iniciativa visa uma maior colaboração entre as cadeias logísticas da CBD e dos fornecedores.

E, para premiar aqueles fornecedores que atingiram as metas pré-estabelecidas no programa, foi instituída ainda a certificação Top Log, entregue em 2004 e novamente no dia 15 de dezembro, em cerimônia na sede da empresa, em São Paulo. As empresas premiadas em 2005, que atingiram cem pontos nos vários níveis medidos, foram a 3M, Alumileste, Colgate/Palmolive, Delta, Gillette, Luciane Cabral, Minalba, Nissin Ajinomoto, Refrisco, Sanremo, Semp Toshiba e Total Química.

Entre os fatores analisados estão o nível de serviços, medido em acuracidade, pontualidade e agendamento das entregas; a adequação ao cliente, medida em prazo e freqüência de entregas, índices de logística e serviços pós-entrega; e a integração, medida em processos colaborativos.

De acordo com Fernando Gasparini, gerente de Abastecimento da CBD, com os projetos colaborativos iniciados em 2002 o nível de serviço saltou de 58% para 81% já em 2003. “Porém ele estagnou neste ponto e, como nós temos por meta atingir os mais altos níveis de serviço no varejo brasileiro, nos igualando ao benchmark internacional, que é de 95%, resolvemos implantar este projeto para estudar a cadeia dos fornecedores, entendê-la e ver sua aderência ao nosso negócio, atacando os problemas existentes, que atrapalham não apenas a CBD como os próprios fornecedores.”

Já em 2005, o nível de serviço médio atingiu 87% em novembro; o índice de ruptura de estoque médio baixou de mais de 5% para menos de 3% e o programa foi ampliado para cem fornecedores, que representam 65% das vendas da CBD. Num comparativo entre o primeiro semestre de 2005 e o de 2004, o nível de serviço aumentou em seis pontos percentuais em mercearia, 8% em não-alimentos e 4% em perecíveis. A ruptura de estoque teve queda de 36% em mercearia, 25% em não-alimentos e 50% em perecíveis. “Não esperávamos atingir já os 95%, nem era nossa meta”, assegura o gerente. A meta de redução de cobertura de estoques é de 20%.
Para atingir os objetivos, ao longo de 2005 foram realizadas cerca de 1.500 horas de reuniões com os fornecedores e realizadas visitas técnicas às suas instalações. “Analisamos itens como os projetos de EDI e VMI, entre outros, analisando por que alguns fornecedores não os utilizam e pontuando aqueles que os adotam. Também trabalhamos em cima dos demais indicadores adotados”, explica Gasparini.

O foco do projeto é a entrega dos fornecedores aos centros de distribuição da CBD, hoje presentes nas cidades de São Paulo, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, totalizando 384 mil m2 de área total de estocagem. O CD de Curitiba foi transformado em um ponto de transbordo. Como a centralização da empresa é grande (85% de todo o estoque), o projeto começou pela entrega aos CDs. Mas já houve iniciativas de passá-lo para as entregas diretas (ED), que são aquelas feitas diretamente nas lojas, normalmente de produtos de grande giro.

“Fizemos um projeto com a Coca-Cola que foi desafiador, e a ruptura de estoques baixou em cerca de 40% na loja-piloto selecionada. Em 2006, vamos incluir mais lojas. Não tínhamos indicadores para a entrega direta (ED), agora criamos e pretendemos acompanhá-los”, afirma o gerente.

Ele diz que, dentro das melhorias, estão a flexibilidade de passar produtos que são estocados para o regime de cross-docking e vice-versa, uso de tecnologia e projetos de redesenho de embalagens. “Temos fornecedores que entregam embalagens fechadas com 36 unidades quando precisamos de 12, por exemplo. Tudo isso está sendo revisto, e a ordem é ter flexibilidade na relação com os fornecedores, vendo o melhor para as duas partes”, coloca Gasparini.

Os índices das regionais também melhoraram. “Sabemos que São Paulo não representa a realidade do País; por isso, há uma grande diferença nos índices medidos na matriz e nas regionais. Há um desequilíbrio que estamos atacando também. Por exemplo, já conseguimos triplicar a capacidade de armazenagem em Recife e ainda temos muito o que melhorar.”
Para 2006, além de ampliar o número de fornecedores e da entrega direta, a CBD pretende ainda incluir novas categorias no projeto, como os fornecedores de marca própria (produtos que levam as marcas Extra ou Pão de Açúcar) e os chamados primeiro preço, que são produtos importantes que a empresa entende que devem ter preços mais acessíveis.

www.grupopaodeacucar.com.br

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