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GCCA Brasil & Abiaf promovem seminário da cadeia do frio

Segunda edição é marcada pela internacionalização, com a presença de executivos brasileiros, canadenses, americanos e espanhóis
Por Redação em 19 de outubro de 2018 às 10h45 (atualizado às 12h03)

A GCCA Brasil & Abiaf realizaram ontem, 18 de outubro, em São Paulo, a segunda edição do Simpósio da Cadeia do Frio. Neste ano 100 profissionais – executivos brasileiros e participantes dos Estados Unidos, Canadá e Espanha – debateram sobre os desafios e as tendências para o setor. Na opinião do presidente da associação, Francisco Moura, o intercâmbio é fundamental. “Precisamos conhecer o que tem lá fora e no evento buscamos entender as operações realizadas no exterior e para onde se direciona o mercado no Brasil, com o objetivo de agregar valor”, diz.

Moura cita, ainda, que o seminário busca identificar as tendências para os próximos dez anos. “Os especialistas estrangeiros têm muito a contribuir, pois com a experiência deles conseguimos antecipar no Brasil os movimentos que já estão sendo realizados. Todo esse conhecimento e entendimento do cenário externo permite planejar, alinhar e viabilizar nosso planejamento estratégico.”

As palestras também buscaram demonstrar as novas realizações. A gerente de Vendas de Refrigeração Industrial da Danfoss Brasil, Edna Tavares, aponta as soluções quanto aos sistemas energéticos. Segundo ela, aqueles focados em energias renováveis e descentralizados, além de sistemas digitalizados, mostram-se como tendência.

A segurança e a gestão de risco nas operações, assunto crítico, de acordo com Moura, também mereceu atenção. O diretor Técnico da Lockton Seguros, James Kawano, afirma que o setor de armazéns frigorificados deve investir na gestão de risco, já que os seguros das empresas do segmento estão sujeitos à inspeção efetuada pelas seguradoras.

Leonardo Brunetti, diretor Comercial da Lockton, lembra que operadores que possuem uma gestão de risco apurada conseguem redução nos custos. “Essa gestão passa pela aquisição de sistemas de segurança eficazes”, resume. O especialista em gestão de risco da Lockton, Carlos Nascimento, completa dizendo que a manutenção dos sistemas e da edificação é fator primordial na prevenção de ocorrências em armazéns frigorificados.

Crédito: Fábio Penteado
Crédito: Fábio Penteado

Já o diretor da Alvenius Equipamentos, Luis Fernando dos Santos, salienta que a cadeia do frio deve estar atenta à necessidade de adquirir e aplicar produtos certificados para que o sistema opere de maneira eficaz e sem riscos, enquanto o gerente de Engenharia da Bertolini Sistemas de Armazenagem, Lucas Pasquali, reforçou a importância de adotar modelos de instalações que atendam especificamente às demandas dos armazéns frigoríficos.

A legislação vigente não ficou de fora do evento e foi tema da palestra proferida pela diretora do Comitê de Regulamentação e Segurança dos Alimentos da GCCA Brasil & Abiaf, Vivianne Paiva. “Falta legislação para atender o setor. Por isso, elaboramos uma carta e vamos encaminhá-la ao governo federal solicitando uma específica”, conta.

O cliente teve participação ativa no seminário e expôs o que espera dos operadores. Segundo o gerente de Suprimentos e Logística da Bloomin’ Brands, que possui entre suas marcas a rede de restaurantes Outback, ao terceirizar a indústria ou as empresas de serviços buscam redução de custos, otimização dos investimentos em ativos, mais qualidade e flexibilidade operacional. “Contratando os serviços dos operadores, ganho no operacional e trabalho com indicadores que nos permitem focar nos negócios”, salienta.

Uma mesa redonda, mediada pelo CEO do Grupo Friozem, Fábio Fonseca Filho, com a participação de Manuel Kabana, diretor da Friopuerto, Doug Harrison, CEO da VersaCold, e David Palfenier, presidente da Emergent Cold Brasil, foi outro ponto alto. A ideia da dinâmica foi debater sobre as tendência do setor.

Dentre os assuntos estiveram as principais tecnologias adotadas atualmente nos armazéns, momento em que os executivos destacaram os altos custos de implantação, o cenário quanto à terceirização ou não das operações que, segundo os debatedores, difere em cada região, a tendência verificada de fusões e aquisições com o objetivo de agregar valor às organizações e a oferta de serviço, com o transporte ganhando protagonismo. Para Fonseca, o debate mostrou que o setor está alinhado e atento a todos os movimentos.

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