Aconteceu em São Paulo, no último dia 23, no hotel Renaissance, o 1º Encontro Internacional de Logística Farmacêutica. O encontro, promovido pela Unidock`s (divisão de logística farmacêutica da Exel), visou ser um panorama das práticas atuais e novas tendências da logística farmacêutica pelo mundo afora.
Estavam presentes diversos representantes do setor farmacêutico no Brasil. No evento, foram apresentadas palestras do economista Gustavo Franco, ex-diretor do Banco Central, e de Anthony Mitchell, vice-presidente sênior mundial de Healthcare da Exel. Franco ilustrou as tendências macroeconômicas para o Brasil nos próximos cinco anos, enquanto Mitchell apresentou as novas estratégias mundiais para o setor de logística farmacêutica.
Segundo Mitchell, há 17 anos atuando como executivo na Exel, estamos chegando em um momento de mudança nos atuais modelos da logística farmacêutica. O modelo tradicional estaria sendo substituído por um novo, mais ágil, transparente e eficaz.
No modelo clássico, cerca de 80% dos remédios produzidos pela indústria farmacêutica são vendidos a distribuidoras, que os revendem para as farmácias. De cada dólar no preço do produto, as indústrias ficam com cerca de US$ 0,60. Por volta de 17,5% do valor final do medicamento ficam com a distribuidora. O que Mitchell propõe é uma reengenharia do supply chain farmacêutico, que visaria eliminar o distribuidor intermediário. "Em alguns mercados, os produtores de medicamentos estão tentando tomar conta de uma parcela maior do supply chain", afirma Mitchell.
De acordo com ele, no novo modelo o distribuidor intermediário é substituído pelo operador logístico, que atua como uma "agência" distribuidora e trabalha em parceria com a indústria produtora dos remédios. Dessa forma, as farmácias podem comprar diretamente do produtor, através da agência, com redução de custos e maior controle de todo o processo de distribuição.
Com as agências, os fabricantes de remédios conseguem saber exatamente onde estão os medicamentos em cada etapa do processo de distribuição, além de eliminar o grey market. "A visibilidade através de todo o supply chain, da produção ao consumidor final, é o maior benefício é muito mais interessante assim", diz Mitchell. A Unidock`s já possui esta solução implementada com seus parceiros da indústria farmacêutica na África do Sul e na Itália, e pretende ampliar o leque de países atendidos pelo novo modelo.
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