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CNT apresenta o estudo sobre pontos críticos nas rodovias brasileiras

Análise aponta que em 2022 foram registrados 2.610 problemas na infraestrutura que interferem na fluidez dos veículos
Por Redação em 30 de janeiro de 2023 às 10h48

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicou o Transporte Rodoviário - Os Pontos Críticos nas Rodovias Brasileiras. O estudo, que traz a série histórica dos pontos críticos identificados na Pesquisa CNT de Rodovias de 2012 a 2021, é complementado por uma edição do Radar CNT do Transporte, com a atualização dos dados relativos a 2022.

A análise mais recente aponta que em 2022 foram registrados 2.610 pontos críticos nas rodovias brasileiras, problemas na infraestrutura que interferem na fluidez dos veículos, oferecendo riscos à segurança dos usuários, aumentando a possibilidade de acidentes e gerando custos adicionais ao transporte.

De acordo com o estudo, esse quantitativo é 50% maior do que o identificado em 2021 (1.739 ocorrências). A CNT afirma que são problemas graves, que se multiplicam a cada ano e se concentram, majoritariamente, em rodovias sob gestão pública.

Os dados de ambas as publicações – Pesquisa CNT e Radar CNT do Transporte – são disponibilizados também em no Painel CNT dos Pontos Críticos, apresentação interativa de informações acerca da localização, quantidade, tipo e densidade de pontos críticos registrados nas rodovias federais e estaduais do país, bem como suas condições de sinalização e fotos das ocorrências. Essas informações podem ser agrupadas por Unidade da Federação e por ano.

Análise

A série histórica apresentada nas publicações evidencia o panorama da degradação da malha rodoviária brasileira – em 2012, o usuário encontrava, em média, um ponto crítico a cada 372,4 quilômetros percorridos e em 2022, passou a se deparar com uma ocorrência a cada 44 quilômetros.

Em relação a quantidade de pontos críticos no ano passado, Minas Gerais foi a Unidade da Federação que se destacou quanto a quedas de barreira (123) e erosões na pista (182). Já o Pará teve o maior registro de buracos grandes (291).

Em geral, aponta o estudo, as rodovias estaduais públicas destacaram-se negativamente quanto à densidade de pontos críticos. Em 2021, por exemplo, se sobressaíram as rodovias CE-183, PA-447 e MA-303 com, respectivamente, 4,83, 4,29 e 3,23 pontos críticos a cada 10 quilômetros pesquisados – sendo todos esses casos trechos com ocorrências de buracos grandes.

Além da série histórica, a CNT ainda apresenta, no trabalho, as características e causas do surgimento dos pontos críticos, bem como as ações necessárias para solucioná-los, que contemplam medidas emergenciais a serem adotadas quando surge um ponto crítico e orientações gerais de como corrigi-lo.

Para a resolução dos pontos críticos identificados em 2021, foi estimado o investimento de R$ 1,8 bilhão, sendo a maior parte destinada às intervenções em segmentos com buracos grandes. Já para solucionar o quantitativo de 2022, o montante aumentou para R$ 5,24 bilhões, o que representa cerca de 28% de todo o recurso destinado ao então Ministério da Infraestrutura, previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023.

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