A Descartes, que atua no setor de comércio internacional, publicou a pesquisa 5th Annual Transportation Management Strategies and Tactics of Top Performers. O objetivo foi analisar tendências e insights no gerenciamento de transporte global nos últimos cinco anos, além de traçar diretrizes e mensurar impactos para os próximos três anos.
Em 2021, a pesquisa contou com 211 empresas participantes, frente 1019 entre os anos de 2017 a 2020, com operações nos Estados Unidos (92,9%), Canadá (34,1%), Europa (17,5%), América Latina (16,6%), Ásia (15,6%) e Outros (10,4%).
Os entrevistados atuam em operadores logísticos (27%), fabricantes (19%), despachantes de carga (17%), outros (14%), atacadista/distribuidor (11%), expedidor (7%) e varejista (3%).
Segundo a pesquisa, cerca de 25% dos entrevistados entraram na categoria de empresas que veem o gerenciamento de transporte como arma competitiva (contra cerca de 18% em 2018). Já 30% foram enquadrados como empresas que consideram o gerenciamento de transporte como não importante (contra mais de 40% em 2018), enquanto 45% consideraram o gerenciamento um diferencial no serviço ao consumidor (contra cerca de 40% em 2018).
O estudo aponta ainda que empresas de alta performance consideram que o gerenciamento de transportes seja um fator de sucesso. A liderança na performance financeira na indústria subiu de 13% em 2020 para 29% em 2021 para companhias que veem o transporte como arma competitiva. Por outro lado, não estavam entre as líderes de performance as empresas que acreditam que o gerenciamento seja não importante.
Quando questionados sobre o tipo de transporte utilizado pela empresa, o transporte por caminhão continua a ser a tendência dominante entre 83% de todos os entrevistados, mas no último ano notou-se um aumento de 10% no uso de transporte aéreo, de 5% no uso de pacotes e 4% no uso de frota em 2021.
Apesar da pandemia, a tendência nos últimos cinco anos até 2021 é de crescimento contínuo. Empresas que consideram o transporte como arma competitiva são dez vezes mais propensas a crescer do que as que acreditam que o gerenciamento seja não importante. Empresas de alta performance são quase seis vezes mais propensas a crescer do que as de baixa performance. Entre todos os entrevistados, a pressão para redução de custos caiu agressivamente de cerca de 60%, em 2017, para cerca de 40% em 2021. Escassez de motoristas e capacidade permanecem entre os fatores determinantes de impacto e ganharam maior importância em 2021.
Estratégias e Táticas
Em termos de preparo para as mudanças regulatórias e na indústria, empresas de alta performance apresentaram como foco o investimento em tecnologia e em mudar a estratégia de transporte. Por outro lado, empresas de baixa performance preferem se voltar à procura de novos serviços de transporte, manter a estratégia e cortar custos, mas nada que mude sua performance. Empresas de alta performance são seis vezes mais propensas a aumentar sua frota com relação às de baixa performance.
Em 2021, 41% de todos os entrevistados responderam que a visibilidade deve agregar mais valor do que qualquer outra competência. Entre todos, o GPS em tempo real permaneceu como principal método de visibilidade (61% em 2021 contra 47% em 2018). Sob uma perspectiva financeira, a tecnologia é considerada um diferencial de performance. A maioria das empresas de alta performance e as que veem o gerenciamento de transporte como arma competitiva consideram-se pioneiras na adoção de novas tecnologias.