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Estudo da CNT aponta queda no PIB do transporte no acumulado até setembro

Apesar de a economia apresentar indícios leves de retomada, redução de 0,1% no desempenho do setor ainda é reflexo da recessão
Por Redação em 16 de dezembro de 2019 às 11h26

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulga que, de janeiro a setembro de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) do transporte caiu 0,1% enquanto o do Brasil subiu 1%. No mesmo período, os modais terrestre e aéreo registraram desempenho negativo, na comparação com igual período do ano anterior. Apenas o aquaviário registrou um crescimento de 2,3% na mesma base de comparação.

Segundo o presidente da CNT, Vander Costa, o transporte é um termômetro crucial da economia. “Afinal, transportamos aquilo que é produzido no país. E, apesar de a economia apresentar indícios de leve recuperação, o setor ainda sente os efeitos da recessão econômica, tendo em vista que a procura por serviços de transporte permanece baixa no país”, diz.

Os números estão na nova edição do estudo Transporte em Números, apresentado pela confederação neste mês de dezembro. A publicação consolida informações do cenário macroeconômico brasileiro e do desempenho do setor transportador. Mostra, ainda, o panorama em relação à economia em 2019, os reflexos para o transporte e como o setor tem enfrentado dificuldade, além de análises referentes aos anos anteriores.

O estudo aponta que o segmento rodoviário ainda se ressente da fraca demanda por bens e serviços. Um indicativo dessa estagnação está no fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas do Brasil que, apesar de ter registrado crescimento de janeiro a outubro deste ano, não teve desempenho suficiente para repor os prejuízos da recessão e devolver o fluxo ao patamar pré-recessão, em 2014. O volume de veículos pesados, por exemplo, cresceu 4,5% quando comparado a igual período do ano anterior.

Além disso, dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostram que, de janeiro a outubro de 2019, a produção ferroviária brasileira total caiu 11,8% em toneladas úteis transportadas (TU), na comparação com igual período de 2018. A CNT avalia que o modal foi influenciado, possivelmente, pela desativação de barragens da Vale, após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), e por problemas estruturais com outras barragens no país.

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