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DHL divulga relatório anual de riscos com base no sistema Resilience360

Análise destaca que as empresas poderão enfrentar custos adicionais e incertezas devido à escassez de matérias-primas, recalls e riscos de segurança
Por Redação em 13 de maio de 2019 às 10h35

A DHL lançou, neste mês de maio, seu primeiro relatório anual de riscos baseado em dados coletados pelo DHL Resilience360, sistema de gerenciamento de riscos da companhia que funciona em nuvem. O estudo analisa os principais desafios da cadeia de suprimentos no ano passado e identifica as tendências que moldarão o cenário de risco em 2019.  Dentre as principais conclusões, o estudo destaca que as empresas poderão enfrentar custos adicionais e incertezas devido à escassez de matérias-primas, recalls e riscos de segurança, além de regulamentações ambientais mais rígidas.

“O relatório resume nossa experiência para o benefício de nossos clientes de uma maneira muito abrangente. A avaliação de riscos e a consolidação da resiliência da cadeia de suprimentos são partes cruciais dos negócios de nossos clientes. Independentemente de onde operam, as percepções do relatório facilitarão a reavaliação do respectivo ambiente de risco”, diz o CEO do Resilience360, Tobias Larsson.

Esse primeiro relatório analisa os principais riscos da cadeia de suprimentos enfrentados pelas empresas em 2018. Os três principais identificados e que afetam companhias em todo o mundo foram incertezas com relação a fluxos comerciais, incidentes de segurança cibernética e mudanças climáticas em conjunto com condições meteorológicas extremas. A incerteza no comércio aumentou devido a disputas entre os Estados Unidos e outros países, especialmente a China, incluindo novas tarifas de importação unilaterais. A questão ainda em aberto da saída do Reino Unido da União Europeia também está contribuindo para a incerteza, já que as empresas temem congestionamentos nas fronteiras e atrasos nos portos no caso de uma saída desorganizada. No campo da segurança cibernética, um número cada vez maior de incidentes envolvendo a cadeia de suprimentos e a infraestrutura de transporte mostrou a intenção de obter segredos comerciais, fazer chantagem ou causar problemas econômicos. Na área climática, incêndios florestais, secas, baixos níveis de água e derretimento do gelo tiveram os impactos mais significativos nas cadeias de suprimentos.

O relatório também destaca uma série de ameaças que podem afetar as empresas este ano e no futuro. Primeiro, a crescente demanda por matérias-primas, juntamente com um frágil fornecimento causado por instabilidade política e paralisação de fornecedores, pode resultar na escassez de matérias-primas para materiais cruciais, como lítio, cobalto e adiponitrila. Segundo recalls e ameaças à segurança podem aumentar, conforme uma ampla conscientização pública sobre questões de qualidade e fiscalização mais rigorosa por parte de autoridades em setores altamente regulamentados, como produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, submete os produtos a uma análise mais rigorosa. Por fim, medidas antipoluição podem ser ampliadas em 2019 para uma gama mais ampla de indústrias na Ásia. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos também deve anunciar novos requisitos. Como resultado, regulamentações ambientais mais rígidas aumentarão os custos para empresas em vários setores. Todos esses desenvolvimentos têm o potencial de ameaçar fornecedores e forçar mudanças significativas em todas as cadeias de suprimentos.

Para a diretora de Inteligência de Risco do Resilience360, Shehrina Kamal, cadeias de suprimentos modernas são vulneráveis. “Atrasos de transporte, roubo, desastres naturais, mau tempo, ataques cibernéticos e problemas de qualidade inesperados podem interromper o fluxo de carga, gerando custos de curto prazo e desafios de entrega”, diz. Ainda de acordo com a executiva, o Resilience360 se esforça para entender esses riscos e obter um entendimento comum de como eles impactam as cadeias de suprimentos em países, regiões, indústrias e organizações de maneiras mensuráveis.

Em 2018, o maior número de incidentes ocorreu no Brasil (21,19%), Argentina (13,9%), Chile (12,6%) e Colômbia (7,9%). Contabilizando quase metade de todos os incidentes, a maioria dos eventos prejudiciais foi causada por distúrbios civis, problemas de transporte terrestre e incidentes trabalhistas.

O roubo de cargas foi uma ocorrência comum em toda a região, e as interrupções no transporte de carga foram causadas por ações da companhia aérea Lan Express em abril e a greve da Aerolineas Argentinas no G20 em novembro. Terremotos e roubos de carga foram responsáveis por mais de dois terços de todos os eventos de alto impacto registrados na região. Além disso, desastres naturais menores e moderados, como inundações, erupções vulcânicas e terremotos, afetaram a região, especialmente no Chile, Peru, Equador, Nicarágua e Guatemala.

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