De acordo com dados apresentados por Wilen Manteli, vice-presidente executivo da ABPT, somente na área de exportações, o Rio Grande do Sul tem prejuízo anual de R$ 1 bilhão em virtude do mau gerenciamento logístico de transportes. ABPT: (21) 2533-0499
Wilen Manteli participou do Fórum de Profissionais de Logística, evento que ocorre durante a Mercolog 2003, em Porto Alegre (RS), que se encerra hoje, dia 17. O estudo foi elaborado em conjunto com o Comitê de Qualidade em Transportes de Cargas (CQT). A análise aponta a burocracia como um dos principais entraves para a redução dessa perda.
Manteli apresentou números que revelam o percentual de até 35% do custo logístico final do produto brasileiro, quando a média dos países industrializados é de 10%. De acordo com o executivo, desde a aprovação da Lei 8630, relativa à modernização portuária, houve diversos avanços.
Mas ele observa que no entanto, a lei não equiparou os custos brasileiros aos dos vizinhos uruguaios e argentinos. Mantell também defendeu a multimodalidade para otimizar a operação logística das empresas brasileiras.
Outra entidade que marcou presença na Mercolog foi o Sindanave – Sindicato das Agências de Navegação do Rio Grande do Sul. Richard John Grantham, presidente do Sindanave, reforçou a importância do agenciamento marítimo e revelou que o porto de Rio Grande deve aumentar o movimento de cargas de 16,2 mil para 19 mil toneladas, com movimentação de frente da ordem de R$ 150 milhões, contra R$ 125 milhões de 2002.
Ele também foi um dos participantes do Fórum dos Profissionais de Logística. Quanto ao porto de Porto Alegre, a expectativa de Grantham é de que ele venha a ser essencialmente hidroviário. Para reforçar a posição, ele lembra que 40% dos importadores estão localizados na capital gaúcha e geram um volume considerável de contêineres vazios que podem retornar cheio para Rio Grande através da hidrovia. Grantham argumentou que o custo do frete hidroviário representa 10% do valor cobrado pela mesma mercadoria transportada por rodovia.
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