A Gefco Brasil anunciou, no último mês de novembro, que investirá um total de R$ 60 milhões na concepção de uma unidade no município de Guaíba (RS). O empreendimento, que já opera parcialmente, recebeu neste primeiro momento investimentos de R$ 2 milhões. Ainda sem data definida para o início das operações, está prevista, ainda, a estruturação de um porto seco. A área total disponível para o terminal gaúcho é de 30 hectares e contará com cerca de 400 colaboradores. A meta é de que em cinco anos a unidade esteja em plena operação.
O porto seco será uma das principais estruturas. Lá, os veículos e produtos importados ou que serão exportados, principalmente por meio do modal rodoviário, serão desembaraçados, gerando reduções de custo e tempo para os clientes da companhia. Além da armazenagem, gestão alfandegária, pós-produção automotiva, inspeção pré-entrega e dos serviços logísticos de exportação de produtos manufaturados, importação de peças e máquinas industriais, a Gefco oferece às empresas locais a inteligência 4PL (fourth-party logistics, na sigla em inglês), em que torna-se responsável pelo gerenciamento completo da cadeia logística e entrega resultados de otimização e redução de prazos e custos das operações.
Segundo o diretor de Operações Logísticas Automotivas da Gefco, André Bortolotto, esta é uma nova tendência do mercado, que coloca a empresa como gestora da engenharia logística, por meio de investimentos em inteligência, que integram tecnologia e fornecedores quarteirizados, como transportadores e armazéns, por exemplo.
O estado do Rio Grande do Sul é estratégico para este tipo de operação. O diretor Geral da Gefco, Patrick Bonaly, explica que a proximidade com a Argentina, País onde a companhia mantém uma base operacional, é um dos fatores que contribuíram para a inauguração da unidade em Guaíba. “Acreditamos no desenvolvimento do Sul do Brasil e o objetivo é oferecer nossa rota internacional para fortalecer a indústria brasileira e levar soluções de ponta a um dos polos mais importantes do país”, diz.
Os números comprovam o otimismo do executivo. A expectativa é que, em cinco anos, as operações na região representem de 15 a 20% do faturamento da Gefco no Brasil. O valor consolidado não é divulgado.