O prazo da concessão é de 25 anos, renováveis eventualmente por igual período. A expectativa é de que o Tegram movimente 10 milhões de toneladas até o final de 2019, quando será concluída a segunda fase da implantação do terminal, que contará com quatro armazéns, cada um com capacidade para 125 mil t.
De acordo com Fialho, da Antaq, a estrutura é estratégica para o agronegócio, porque está mais próxima das regiões produtoras do Centro Norte. “Isto reduz custos, aumenta a geração de renda e a criação de empregos no campo”, diz. Além do Estado do Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso e a região Sul do Pará serão atendidas pelo terminal de grãos.
Na opinião do presidente da Emap, a concorrência entre modais, bem como entre os arrendatários, favorecerá o produtor, porque pressiona os preços para baixo. Vale lembrar que, hoje, a produção chega ao porto tanto por rodovia quanto por ferrovia.
Para o secretário da Casa Civil do Estado do Maranhão, Luiz Fernando Silva, a modelagem da licitação para o arrendamento do terminal servirá de exemplo para empreendimentos do gênero. “Trata-se de logística pública, que atende a todos, operada por investidores privados. A grande diferença é que, em vez de um arrendatário, teremos quatro, que competirão pelos clientes”, afirma.
O presidente do Conselho da CGG Trading, uma das companhias vencedoras de licitação, Josué Gomes da Silva, dividiu o país em duas regiões produtoras, acima e abaixo do paralelo 16 sul. “A região ao sul do paralelo consome quase todo o grão que produz, enquanto a região ao norte exporta uma grande parte da produção. Os produtores desta região, que antes eram obrigados a exportar pelos portos do Sul, agora poderão fazê-lo pelo Tegram”, salienta.