Objetivo é aumentar a capacidade de armazenagem e operação
de produtos da linha branca
Pouco menos de dois anos após o início de seu funcionamento, o Condomínio Logístico São Carlos (SP), primeiro do gênero na cidade, passará por obras de ampliação para atender o aumento da capacidade de armazenagem e agilizar a operação de produtos da linha branca.
Ocupando uma área total de 120 mil m², com acesso pelas rodovias Castelo Branco e Anhanguera (a 247 km de São Paulo e 155 km de Campinas), o empreendimento receberá aportes financeiros no valor de R$ 25 milhões para passar dos atuais 25 mil m² de área total construída para cerca de 64 mil m².
Segundo explica o diretor da Construtora e Incorporadora Laguna, Gabriel Raad, isto significa a quase totalidade do potencial construtivo do condomínio - que é de 75 mil m² . “Também representa a consolidação do empreendimento na região em apenas dois anos de uso”, considera. Ele lembra que o projeto do condomínio possibilita a ocupação dos galpões através da modalidade de contrato denominada “built to suit”, operação imobiliária onde a construção é feita sob medida para um futuro inquilino.
Na época a empresa venceu a concorrência da Electrolux do Brasil, que instalou no local o seu centro de distribuição de lavadoras de roupas e fogões para o Brasil, Mercosul e países Andinos, ocupando uma área de aproximadamente 23 mil m². “Além de aumentar a capacidade de armazenagem em mais de 100%, nosso objetivo com essa ampliação é oferecer o que há de mais moderno e avançado em termos de tecnologia e infraestrutura, de forma que a operação logística fique ágil e, principalmente, mais econômica”, ressalta o construtor.
Na opinião dele, a expansão do segmento é reflexo da atual conjuntura macroeconômica brasileira e a crescente retomada da atividade industrial.“Hoje possuímos políticas de aumento de renda e há oferta de crédito, isto tem elevado o consumo do brasileiro, forçando as empresas a aumentarem significativamente a produção e encontrarem estratégias de armazenamento e distribuição”, detalha.
O construtor entende que os centros logísticos oportunizam as empresas a estarem mais próximos de seus clientes e a operar de forma mais econômica devido à divisão de custos condominiais, mas acredita que
há carência por galpões com boa qualidade e que atendam às demandas de sustentabilidade e necessidades específicas das indústrias de forma customizada. “O condomínio na cidade de São Carlos foi nosso primeiro empreendimento logístico, mas nossa proposta é continuar fomentando o segmento de imóveis corporativos, pois a demanda por empreendimentos deste tipo deve continuar a crescer e se tornar cada vez mais qualificada”, defende, acrescentando que, na ampliação, serão mantidas características técnicas iniciais, como o amplo pé direito de 12 m, piso com capacidade para 6 toneladas/m² e vão entre os pilares de 25 m.
Infraestrutura verde
Como forma de dar mais eficiência ao empreendimento, a Construtora Laguna também está buscando a certificação Leed (Leadership in Energy & Environmental Design, na sigla em inglês) para o Condomínio São Carlos. Concedido pelo USGBC (United States Green Building Council), na prática o certificado é um sistema de classificação de edificações com base em critérios de sustentabilidade ambiental.
De acordo com a arquiteta Sandra Pinheiro, da consultoria Guido Petinellie, especializada em soluções para Green Buildings, em breve a infraestrutura logística verde será um fator determinante para a redução do custo Brasil, uma vez que produz impacto direto na redução de custos de operação e manutenção das empresas, aliada às vantagens da composição condominial. “Além dos benefícios para o meio ambiente a certificação Leed reduz expressivamente a operação e manutenção do empreendimento, principalmente no que se refere aos impostos de água e energia”, explica.
A arquiteta detalha que o condomínio passará a fazer, por exemplo, a coleta de água pluvial das grandes áreas de cobertura - o que minimiza o uso de água potável para limpeza, irrigação de áreas externas e consumo de instalações sanitárias.
Também serão priorizados materiais sustentáveis regionais, estruturas metálicas e de cobertura com conteúdo reciclável e de reuso, o que também contribui para um melhor desempenho ambiental do empreendimento.