Ibovespa
122.650,20 pts
(2,81%)
Dólar comercial
R$ 6,02
(-0,36%)
Dólar turismo
R$ 6,27
(-0,41%)
Euro
R$ 6,20
(-0,42%)

Iveco constroi novo CD de peças

Por Redação em 17 de julho de 2009 às 14h52 (atualizado em 19/04/2011 às 17h03)

Totalmente automatizada, estrutura dará suporte ao crescimento da marca no país

A montadora italiana Iveco prevê inaugurar, no próximo mês de outubro, seu novo centro de distribuição de peças, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Com investimento de R$ 30 milhões no prédio, equipamentos e sistemas, a nova unidade irá substituir o CD atual, localizado em Diadema, na Grande São Paulo, e irá operar em sinergia com outra empresa do grupo Fiat, a CNH, que abrange as marcas Case e New Holland, voltadas a equipamentos de construção e agrícolas.

Com o dobro da capacidade do centro de distribuição atual, a nova unidade terá 50 mil metros quadrados de área construída e pé direito de dez metros, dos quais dez mil metros quadrados serão dedicados à marca Iveco e os demais para a CNH. Segundo informou o diretor de Pós-Vendas para a América Latina da montadora, Maurício Gouveia, as operações serão segregadas e todas as decisões sobre as peças Iveco serão exclusivas da montadora, de forma independente das outras marcas. O CD foi construído de forma modular e pode ser aumentado de acordo com as necessidades. A montadora calcula que a área atual irá suportar as operações pelos próximos cinco anos.

Este projeto é parte do plano de investimentos da Iveco e vem para atender às necessidades futuras da empresa em termos de serviços, acompanhando o crescimento da marca no país.“Temos hoje uma expedição média de 25 mil itens/mês para a rede de concessionárias, num total de 135 toneladas e um estoque de 31 mil SKUs. E este número irá crescer, pois temos previsto o lançamento de duas novas famílias de caminhões por ano até 2011, e cada uma delas representa cerca de 3.500 novos itens. Dessa forma, o novo CD vem atender a esta demanda crescente, nos permitindo melhorar nosso nível de serviço para a rede”, explica Gouveia. De acordo com ele, o setor de serviços ganha importância crescente no negócio, e vai dar o ritmo da década.

O CD de Sorocaba está alinhado ao programa World Class Logistics do Grupo Fiat, que visa as melhores práticas, com maior eficiência operacional. A unidade será gerenciada pelo software de classe mundial do Grupo, chamado CSPS – Common Spare Parts System – que atua em todos os processos do centro de distribuição, desde o recebimento (inbound), passando pelas operações de armazenagem, controle, separação de pedidos, até a expedição, incluindo a documentação do transporte. O sistema faz também a análise do histórico de pedidos para o balanceamento do estoque, gerando maior otimização e racionalização.

Para a separação de peças menores, mais leves e de maior giro, o CD contará com um sistema de carrosséis em torres de dez metros de altura, funcionando como uma roda gigante, com capacidade para 1.500 itens, que ficará localizado próximo à área de despacho, agilizando a formação de pedidos e a distribuição.

Além de compartilharem a unidade – que utilizará mão-de-obra da CNH – e ter sinergias na sua administração, o grande salto será a distribuição consolidada das peças das marcas Iveco, Case e New Holland. Gouveia informou que haverá pontos de consolidação espalhados por todo o território nacional, gerando maior velocidade ao atendimento dos pedidos das concessionárias. “Iremos aproveitar a capilaridade da rede da CNH e também poderemos construir pontos de consolidação próximos dos clientes mais importantes, aumentando a velocidade do atendimento dos pedidos”, afirmou o diretor de Pós -Vendas, sem especificar onde serão localizados estes pontos.

Segundo o vice-presidente Comercial e Institucional da montadora, Antonio Dadalti, uma das grandes vantagens para a rede será a redução em cerca de 20% do transit-time, aumentando o giro e permitindo às concessionárias reduzirem seus estoques ao mínimo. De acordo com cálculos da empresa, a redução do inventário para as lojas localizadas em regiões mais remotas seria de cerca de 2,5 meses para perto de 40 dias, ficando entre 15 e 20 dias no caso daquelas concessionárias mais próximas de São Paulo. Além de abastecer a rede no Brasil, o CD atenderá também a toda a América Latina.

O centro de distribuição está sendo construído sob medida para as necessidades do grupo Fiat e, além das vantagens operacionais, logísticas e administrativas, traz também a visão de meio ambiente, colocando-se dentro do conceito de “green buildings”, ou edifícios ecologicamente corretos. A construção vem sendo conduzida de forma sustentável, minimizando os impactos ambientais. O prédio terá um sistema de recuperação da água da chuva que reduzirá em cerca de 30% o consumo de água tratada, e terá teto translúcido, diminuindo perto de 50% o consumo de energia elétrica. Ele terá também um sistema de eliminação correta de detritos e será servido por transporte coletivo, reduzindo a utilização de automóveis e, consequentemente, o consumo de combustível e as emissões de CO2 na atmosfera.

Manutenção em primeiro lugar

Para Dadalti, está havendo no país uma grande mudança na forma como as grandes transportadoras compram caminhões. “Hoje, antes de discutir preço e condições de financiamento, elas querem saber dos contratos de manutenção, da disponibilidade do serviço, do tempo de atendimento e outros detalhes do pós-vendas, pois sabem o custo de um veículo parado. Só depois é que entram as demais negociações”, garante. “O pós-vendas deixou de ser um assunto restrito às oficinas e passou a ser a operação que sustenta as transportadoras, e é claro que as montadoras se preocupam cada vez mais com isto”, continuou o vice-presidente, destacando a importância da nova estrutura para dar suporte ao nível de serviço esperado pelas transportadoras.

Por ora, apenas 15% dos contratos de novos caminhões da Iveco são fechados com o pacote de manutenção, mas a montadora aposta em um crescimento deste índice. De acordo com o vice-presidente, muitos grandes clientes estão desativando sua estrutura de manutenção e terceirizando com as montadoras, o que aumenta a responsabilidade no pós-vendas.

As peças de reposição também vêm adquirindo importância crescente dentro do negócio de caminhões. No Brasil, pelo fato de a Iveco ainda ser uma empresa relativamente nova, ele ainda não é muito representativo, mas em mercados mais maduros, como o europeu, já representam uma parte significativa do lucro operacional das fabricantes e a tendência é que isto se repita aqui também, à medida que a marca for se solidificando.

“O crescimento da Iveco no mercado brasileiro tem sido expressivo. Em 2007, o crescimento foi de 120% sobre o ano anterior; em 2008, as vendas cresceram 90%, mesmo com a crise no último trimestre. No primeiro semestre de 2009, fomos a única montadora de caminhões a apresentar crescimento nas vendas, de acordo com dados da Anfavea”, assegura Dadalti, informando que a marca tem hoje 8% de participação no mercado. E a rede vem acompanhando o crescimento. Entre 2007 e 2008, foram 28 lojas, entre inaugurações e renovações. No primeiro semestre de 2009, a rede ganhou nove concessionárias e já há novas unidades previstas até o final de 2009, que deverá fechar com 90 lojas, frente às 79 no final de 2008, chegando a cem concessionárias em 2010.

A transição das peças para o CD de Sorocaba terá início em outubro e tem previsão de finalização em janeiro de 2010, quando a unidade de Diadema será desativada.

www.iveco.com.br

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência, analisar estatísticas e personalizar a publicidade. Ao prosseguir no site, você concorda com esse uso, em conformidade com a Política de Privacidade.
Aceitar
Gerenciar