A DP World estuda antecipar novos investimentos no terminal de contêineres em Santos (SP), ampliando a capacidade de movimentação de 1,3 milhões de TEUs para 2,1 milhões de TEUs até 2027. A decisão está sendo avaliada pela matriz da empresa, em Dubai. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.
Atualmente, a operadora portuária realiza um plano de expansão de R$ 450 milhões, com previsão de aumento da capacidade para 1,7 milhão de TEUs em 2024. O montante está sendo aplicado na ampliação de um berço de atracação e na aquisição de novos equipamentos.
Devido ao aumento da demanda, a empresa considera adiantar etapas futuras do crescimento. Em 2024, os terminais de contêineres em Santos operaram com lotação máxima. A proposta de ampliação já foi apresentada à sede, que demonstrou receptividade.
Caso o projeto seja aprovado, a conclusão da primeira etapa está prevista para meados de 2026, com o restante da ampliação finalizado até o fim do mesmo ano. O plano inclui novos equipamentos, a construção de mais um berço de atracação para contêineres e a ampliação do pátio de armazenagem.
O terminal de Santos diversificou operações nos últimos anos. Em 2020, iniciou atividades voltadas para celulose, em parceria com a Suzano, e, em 2023, firmou acordo com a Rumo para a construção de um terminal de grãos e fertilizantes.
Inaugurado em 2013 sob o nome de Embraport, o terminal era controlado pela Odebrecht, que vendeu sua participação à DP World em 2017. Desde então, a unidade passou por reestruturações financeiras e operacionais.
Com a conclusão do novo plano de expansão e projetos em andamento, o terminal deve atingir sua capacidade total em 2027, movimentando 2,1 milhões de TEUs, 5 milhões de toneladas de celulose e 12,5 milhões de toneladas entre grãos e fertilizantes. Após essa etapa, há possibilidade de crescimento adicional por meio de novas tecnologias, mas sem previsão de implementação a curto prazo.