A Real Aviation, empresa brasileira de ground handling que abrange todos os serviços prestados em terra para apoio às aeronaves, passageiros, bagagem e carga, iniciou no final do mês de junho operação 100% elétrica no Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Com investimento de R$ 5,2 a companhia adquiriu um rebocador, seis tratores e duas esteiras.
A empresa informa este investimento inicial atende exclusivamente a
Latam e estabelece a operação de 50% dos voos diários da empresa em Confins com a nova tecnologia. Até o final de 2023, a intenção é ampliar a operação para 100%.
“Estamos aguardando a chegada de novos equipamentos, o que não é uma tarefa fácil de importação, com prazos que chegam a quatro meses. Por isso, também fizemos um desenvolvimento de equipamentos junto à startup brasileira, YAK, de Santa Catarina, criando modelos inovadores em tecnologia”, afirma o CEO da Real Aviation, Adriano Bruno.
Até o final deste ano, a empresa anuncia que receberá mais quatro esteiras elétricas e cinco tratores elétricos. A operação para a recarga de água e retirada de dejetos das aeronaves também já é feita no modal elétrico.
Os rebocadores têm autonomia de 30 operações e as esteiras podem funcionar oito horas ininterruptamente sem recarga. Com baterias de lítio, elas demoram apenas duas horas para a recarga completa.
“Se necessário, conseguimos fazer uma recarga parcial para atender operações extras”, afirma Adriano. A operação elétrica irá reduzir em 70% os gastos mensais da empresa, em comparação ao consumo de diesel. “Nossa aposta é para ampliar nossas operações nos demais aeroportos, rumo à sustentabilidade”, afirma Bruno.
Já o BH Airport investiu R$ 26 milhões na construção de uma subestação elétrica e de pontos para recarga para iniciar a operação sustentável, que deve ser estendida para outras companhias.
A Latam ressalta que pretende ter a operação 100% elétrica em Confins até 2023 e pretende levá-la para o aeroporto de Brasília nos próximos anos. Nesta primeira iniciativa em Confins, com a substituição dos veículos a diesel, a Latam calcula que deixará de emitir 114 toneladas de CO2 nos próximos 12 meses.