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White Martins utiliza tecnologia pioneira de secagem de tanques

Processo desenvolvido internamente aumentou em 42% a produtividade na manutenção da frota
Por Redação em 6 de julho de 2017 às 13h07

A White Martins, multinacional brasileira que atua no segmento de gases industriais e medicinais, utiliza uma tecnologia de secagem de tanques que permitiu que a companhia aumentasse em 42% a produtividade da atividade de manutenção de sua frota de veículos utilizados no transporte de diferentes gases em estado líquido, como oxigênio, nitrogênio e argônio.

No último mês de maio, a White Martins ultrapassou a marca de 100 tanques criogênicos reparados com a tecnologia, desenvolvida pela própria companhia. O processo de secagem já é utilizado desde outubro de 2015 e consiste em um trabalho conjunto de um condensador de vapor, uma bomba de vácuo e um soprador de ar aquecido.

“A injeção de calor faz com que o tanque interno alcance 200ºC. Essa temperatura desprende a umidade do isolante térmico no espaço anular, que faz a integração com a estrutura externa do tanque. A bomba de vácuo, por sua vez, retira essa umidade, que fica retida no condensador”, explica Vilson Pasquotto, gerente de Operações de Manutenção de Logística de Líquidos da White Martins. “Como consequência, temos 100% de secagem do tanque, eliminando qualquer gelo ou água que possam ter se formado internamente, deteriorando a propriedade térmica do isolamento, já que transportarmos produtos com temperatura base de -190ºC”.

White Martins

A aplicação da tecnologia aumenta a produtividade da manutenção ao reduzir o período de paralisação dos caminhões em 35 dias, permitindo que os veículos retornem mais rapidamente para as estradas. Antes da aplicação dessa tecnologia, o processo de secagem era feito por injeção de nitrogênio ou ar comprimido aquecidos no isolamento do tanque, sem controle de umidade. Somente essa etapa do processo durava cerca de 30 dias. Hoje, a nova tecnologia de secagem permite a conclusão do processo em apenas cinco dias.

Os veículos transportam os gases por todo país e passam por rigorosos processos de inspeção e manutenção para garantir total segurança na movimentação dos produtos. Além do aumento na produtividade, o processo garante uma redução de 10% nos gastos com manutenção, evita em 30% as perdas por gaseificação durante a atividade de transporte e provê uma economia média de 5,2 mil km rodados por carreta.

Em outra etapa do reparo, fundamental para garantir a efetividade do processo de secagem, a White Martins elimina também as fissuras dos tanques externos das carretas. Elas provocam a perda de vácuo no espaço anular e o acúmulo de umidade no isolamento térmico, aumentando as perdas dos produtos transportados.

A manutenção é realizada em tanques de forma preventiva e o cronograma de reparos depende de variáveis como as condições das estradas e a forma de utilização do equipamento. “Muitas trincas têm a espessura de um fio de cabelo e, por isso, precisamos aplicar gás hélio para que fiquem visíveis e possam ser consertadas”, comenta Wellington Munis, engenheiro de Operação de Manutenção de Logística de Líquidos.

“Cerca de 70% dessa atividade é realizada na Fatran, unidade de manutenção de veículos da companhia no Rio de Janeiro. Temos dez profissionais capacitados para realizar esse procedimento. Também capacitamos mais quatro empresas terceirizadas para que possam nos dar suporte similar em todo o território brasileiro”, conclui Munis.

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