Empilhadeiras capazes de transportar e colocar um pneu de 600 quilos em caminhões fora de estrada, e outras com cabina aquecida, para trabalho em frigoríficos, são alguns exemplos de máquinas especiais que a Skam Empilhadeiras Elétricas está produzindo, destinadas a atender a crescente demanda por equipamentos diferenciados. Segundo Maks Behar, presidente da Skam, a recuperação econômica do País e a estratégia para diferenciar a empresa renderam bons resultados. A venda de máquinas, que estava em 25 unidades por mês no começo de 2004, chegou a 35/mês no último trimestre do mesmo ano. A expectativa para as vendas em 2005 é de 45 máquinas por mês, o que representa um aumento de 80% sobre as vendas realizadas no mesmo período no ano passado e 20% de aumento na receita. O foco no desenvolvimento de modelos sob medida é solução que a empresa, localizada em Jundiaí (SP), encontrou para conquistar mais espaço neste mercado, disputado por fortes concorrentes nacionais e internacionais. Por isso, seus engenheiros enfrentam constantemente desafios para satisfazer a necessidade dos clientes. Para isto, está investindo por ano US$ 120 mil no desenvolvimento destes modelos. Para se ter uma idéia, o projeto da empilhadeira com cabina aquecida demandou um investimento total de R$ 400 mil. Mas, apesar de custar praticamente o dobro da normal, trata-se de uma forte tendência e seu uso está se difundido na Europa e Estados Unidos. A empresa espera vender, em 2005, cerca de 50 unidades dos modelos especiais, faturando com eles cerca de US$ 600 mil. Maks Behar defende esse investimento, pois o mercado brasileiro de empilhadeiras, a seu ver, apresenta muitos nichos a serem explorados. "A preocupação com logística é relativamente recente e o Brasil ainda tem muito para crescer nesse campo. A demanda atual é de 5 mil empilhadeiras por ano, aproximadamente, sendo que a metade é por elétricas. Assim, o potencial de desenvolvimento é muito grande".