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Novas Fronteiras para a Embalagem Brasileira

Por Redação em 3 de setembro de 2003 às 12h02 (atualizado em 04/05/2011 às 17h23)

Nos últimos anos a questão da exportação entrou definitivamente na pauta da economia brasileira. Pela primeira vez a balança comercial eternamente deficitária começou a pender a nosso favor. As exportações de produtos manufaturados, semi-manufaturados e os produtos da agroindústria começaram a abrir caminho em todas as direções e levar nossa produção aos cinco continentes.

Esta performance surpreendente que vem batendo recordes ano após ano, impulsionou também a indústria de embalagem a quem coube acondicionar toda esta produção. Tendo aumentado seu faturamento numa taxa superior a 10% nos últimos cinco anos, a indústria brasileira de embalagem superou a marca dos 20 bilhões de reais em 2002, qualificando-se como um dos setores onde o Brasil não está atrasado, mas já alcançou o nível internacional.

Estamos preparados para oferecer aos nossos produtos embalagens com qualidade e tecnologia suficiente para coloca-los em competição nos mercados mais exigentes do mundo. Por isso estávamos olhando com bons o aumento de nossas exportações e colhendo os frutos do esforço exportador de nossos clientes até que no final do ano passado, os stands da ABRE nas feiras internacionais começaram a ser procurados por empresas interessadas em importar embalagens do Brasil.

Isso nos surpreendeu porque até então éramos procurados apenas por empresas que pretendiam exportar para o Brasil ou arrumar representantes no país. Este fato novo nos levou a perceber que somos muito competitivos como fornecedores internacionais de embalagens e a criar um Comitê de Exportação na ABRE.

O objetivo do trabalho deste Comitê é inserir a embalagem na pauta de exportação do país e estimular os associados da entidade a aderir ao esforço exportador do setor. Muitas das empresas associadas da ABRE já exportam seus produtos e outras pretendem iniciar esta atividade.

Apoio do governo - Estamos trabalhando agora para incluir nosso projeto no roll dos que são apoiados pela Apex – a Agência de Exportação do Governo Federal que vem apoiando iniciativas como a nossa. Exportar embalagens e produtos embalados é uma forma de agregar valor e melhorar a nossa competitividade internacional.

A embalagem tem uma grande contribuição a oferecer ao país e, felizmente, este é um setor que fez a lição de casa e está preparado para os desafios do mundo globalizado. Este ano vamos exportar 10% da nossa produção de embalagens e este número tende a crescer nos próximos anos mostrando que há um grande espaço de crescimento que pretendemos ocupar.

Para isso, contribui também o conceito de "Global Sourcing", adotado pelas multinacionais, que fazem cotações no mundo todo abrindo para nós a possibilidade de nos tornarmos fornecedores globais de muitas delas. Já ficou claro que temos tudo o que é necessário para competir, pois as principais matérias-primas são produzidas no país e a indústria aqui instalada tem qualidade, tecnologia e preços competitivos.

Com a queda de consumo verificada no primeiro semestre deste ano, mais empresas sentirão a necessidade de abrirem novos mercados. Por isso acreditamos que nossas exportações vão crescer ainda mais.

Fábio Mestriner é Professor de Design da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Diretor da Packing Design de Embalagem e Presidente da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem).

ABRE: (11) 3802-9722
www.abre.org.br

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