A DHL Express, especializada em serviços de entregas expressas internacionais, anunciou ontem, em São Paulo, seus números relativos a 2004. A empresa encerrou o ano com faturamento 30% maior que o de 2003, enquanto que as exportações cresceram 45% em relação ao exercício anterior. Segundo declarou Michael Canon, presidente da DHL Express no Brasil, em dois anos a empresa espera dobrar o faturamento da subsidiária brasileira. A empresa não divulga números por região.
Em apenas um ano, houve um crescimento de 400% da receita com clientes corporativos, como HP, Fiat e Bosch, entre outros, e um dos objetivos da empresa para 2005 é "fidelizar essas grandes contas, além de conquistar clientes de novos mercados", segundo declarou a vice-presidente Comercial da DHL Express, Thais Marca.
Outra estratégia da empresa para o próximo ano é ser reconhecida como um parceiro logístico para exportações e importações expressas, deixando de lado a imagem de um transportador de documentos e amostras, segmento que ainda representa 80% de seu volume de negócios. Para tanto, a empresa está investindo em novos serviços e novas ferramentas eletrônicas, previstas já para os primeiros meses de 2005. "Com isso, queremos oferecer prazos de entrega mais competitivos, inclusive para o transporte de encomendas mais pesadas. E queremos ser realmente parceiros logísticos de nossos clientes", disse Fernando Cotarelli, vice-presidente de Operações da DHL Express.
O executivo estimou os investimentos para 2005 em cerca de US$ 20 milhões no Brasil, metade a ser empregada em infra-estrutura e metade em sistemas e TI. Em termos de infra-estrutura, 10% seriam empregados em frota e a DHL pretende ampliar também seus pontos de venda no País, saindo dos atuais 156 (40 deles próprios), para 400 no final de 2005, 280 deles próprios. Segundo os executivos, esse é um dos maiores investimentos já feitos no Brasil pela DHL.
Com o crescimento das importações, a empresa procura um espaço para a armazenagem alfandegada, para atender ao crescimento das necessidades dos clientes por este tipo de serviço. Não é intenção da DHL ter ativos nesta área, mas trabalhar em parceria com operadores.
De acordo com os dois executivos, o crescimento do volume de exportações deveu-se, em parte, ao estrangulamento do modal marítimo, que sofre com a falta de navios e contêineres. "Certamente, este baixo desempenho do marítimo fez com que as cargas migrassem para o aéreo. É o que chamamos de cargas contingenciais, mas esta migração não atingiu os números do expresso", afirmou Cotarelli.
Após focar seus investimentos na Europa em 2003 e no mercado interno americano em 2004, inclusive com a aquisição de empresas, em 2005 a DHL pretende dar ênfase os mercados emergentes, formados pelo Brasil, China, Rússia e Índia. O Brasil hoje abrange praticamente a metade das operações da região da América Latina sem o México.
A DHL Express pertence ao grupo Deutsche Post World Net (Correio Alemão) e no Brasil possui três divisões: a DHL Danzas Air & Ocean, operadora de transporte aéreo e marítimo; a DHL Solutions, voltada aos serviços de logística integrada; e a própria DHL Express, que possui uma frota global de 252 aviões e mais de 75 mil veículos terrestres. Seu faturamento anual global é de aproximadamente 22 bilhões de euros e ela possui mais de 160 mil funcionários, operando em 220 países e territórios de todo o mundo.
Leia mais sobre a DHL EXPRESS na edição de janeiro 2005 da Revista Tecnologística