A Randon Implementos e Participações registrou, no acumulado de 2014, uma receita bruta total de R$ 5,5 bilhões, número que representa queda de 17,6% na comparação com os resultados observados em 2013. A receita líquida consolidada, de R$ 3,8 bilhões, representa um recuo de 11,2% e o lucro líquido consolidado teve queda de 5,3%, com R$ 202 milhões.
“Foi um ano para testar os planos contingenciais. Conseguimos bons resultados, mas é preciso reconhecer que a tempestade não se encerrou neste ciclo e 2015 nos desafia a enfrentá-lo com as armas da excelência, utilizando gestão séria e comprometida com administração de custos, correta alocação dos ativos e busca de crescimento sustentável”, analisa o presidente da companhia, David Abramo Randon, remetendo às condições complexas da economia brasileira.
Apesar de a variação do dólar perante o real ter criado condições favoráveis ao mercado de exportação brasileiro em 2014, recessos nas economias dos principais mercados em que a Randon atua na América do Sul barraram o crescimento esperado para o período, levando a uma queda de 20,7% nas vendas externas na comparação com 2013, totalizando US$ 191,6 milhões.
Para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Geraldo Santa Catharina, os resultados foram diretamente impactados, ainda, pelas definições tardias quanto às novas regras de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro e no último trimestres de 2014.
Por outro lado, a safra agrícola permanece como fator relevante para as vendas de caminhões e implementos rodoviários. “O otimismo no campo é um fator altamente positivo para as Empresas Randon, que fornecem equipamentos e autopeças para todas as montadoras”, explica o executivo.