A Arteris, empresa quer atua na concessão de rodovias, registrou aumento de 10,1% no EBITDA em 2014, alcançando a marca de R$ 1,4 bilhão. De acordo com a companhia, a expansão está associada principalmente ao crescimento das receitas com pedágio, mesmo em um cenário de redução da atividade econômica. O lucro líquido alcançou R$ 457 milhões e a receita bruta de pedágio foi de R$ 2,4 bilhões. Os investimentos nas concessionárias somaram R$ 1,9 bilhões em 2014 e a previsão é de que em 2015 o valor seja de R$ 2,1 bilhões, aplicados em obras e outras melhorias nas rodovias administradas pelo grupo.
Segundo o presidente da Arteris, David Díaz, os números comprovam a resiliência dos negócios, a gestão eficiente dos recursos disponíveis e o relacionamento transparente e produtivo com órgãos reguladores.
Entregas
Com investimentos em obras 39% maiores na comparação com o ano anterior, a Arteris promoveu diversas entregas. Entre elas está a remodelação do Trevo de Ribeirão Preto, finalizado 16 meses antes do prazo pelas controladas Autovias e Vianorte. Principal obra do contrato de concessão da Autopista Régis Bittencourt, a duplicação da Serra do Cafezal ainda é realizado e mais 6,5 quilômetros de novas pistas entraram em operação.
Já a Autopista Fluminense manteve o ritmo de obras de duplicação da Rodovia BR 101/RJ entre os municípios de Rio Bonito e Campos dos Goytacazes. A obra contempla 176,6 quilômetros da rodovia, dos quais 35,9 quilômetros foram concluídos em 2014. Também foram iniciadas as obras do Contorno de Florianópolis logo após a emissão da Licença de Instalação pelo Ibama para um trecho de 14 quilômetros.
Mesmo em um ano de baixo crescimento do PIB, o volume de veículos pedagiados apresentou crescimento de 1,3% e alcançou a marca de 726 milhões de veículos equivalentes. As concessões estaduais foram responsáveis por 58% das receitas e cresceram 6% frente a 2013, totalizando R$ 1,4 bilhão. Já as rodovias federais tiveram uma melhora de 5,3%, com R$ 1 bilhão proveniente de receitas de pedágio no acumulado do ano.
A composição do tráfego pedagiado, medido em veículos equivalentes, foi de 63,1% de veículos pesados e 36,9% de veículos leves nas concessões estaduais e 73,3% de veículos pesados e 26,7% de veículos leves nas concessões federais.
A evolução evidencia os impactos da desaceleração da economia em 2014. O diretor de RI e Finanças da Arteris, Alessandro Levy, explica que enquanto o total de veículos leves apresentou crescimento em praticamente todo o ano ainda suportado pelo nível de renda das famílias e baixas taxas de desemprego, não se pode dizer o mesmo em relação aos pesados, que, impactados pela retração na atividade industrial a exemplo do setor automotivo e os efeitos da Copa do Mundo, tiveram sucessivas quedas.
No caso das concessões federais, as rodovias em que o perfil da carga transportada em seus trechos estava diretamente relacionado ao PIB industrial tiveram desempenho menor, como é caso da Régis Bittencourt e Fernão Dias.
Novas obras e segurança viária
Os novos aditivos contratuais também foram destaques em 2014. A empresa assinou com a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) um complemento de R$ 395 milhões para obras adicionais de melhoria do nível de serviço e cumprimento de condicionantes ambientais na Serra do Cafezal. A Arteris também recebeu autorização para investir R$ 91 milhões na duplicação da SP-318. Para Díaz, presidente da Arteris, essas conquistas refletem uma política de relacionamento com o poder concedente transparente e eficiente, que colabora para o desenvolvimento da infraestrutura brasileira.