O Porto de Paranaguá (PR) bateu, no dia 17 de agosto, o recorde histórico de exportação de grãos pelo Corredor de Exportação. Foram embarcadas 112,9 mil toneladas de produtos no intervalo de 24 horas, mesmo com uma paralisação de mais de 2 horas por conta das chuvas.
O recorde anterior havia sido registrado em 8 de abril de 2003, quando o Corredor embarcou 108,5 mil toneladas de grãos. A diferença é que, naquela época, ocorria empréstimo de embarques entre os terminais, o que facilitava muito a produção. No recorde atual, estavam sendo carregados dois navios de milho e um de soja.
O que impulsionou o alcance deste recorde foi a norma, em vigor desde janeiro, que dá preferência para a atracação em um dos três berços do Corredor de Exportação para os operadores que apresentarem melhores índices de produtividade, priorizando navios que forem embarcar cargas de até três terminais diferentes (com um mínimo de embarque de 18 mil toneladas de cada um deles).
A configuração do Corredor de Exportação, que interliga nove terminais, sete privados e dois públicos, com sistema de correias conectadas a seis shiploaders, permite que os navios operem cargas de todos os terminais existentes. No entanto, as paradas operacionais causadas para a troca de terminal acabavam atrasando a operação.
“Em um primeiro momento, esta norma chegou a ser questionada. Logo que começou a vigorar, cerca de 35% dos navios que atuavam no Corredor já operavam nestas condições. Hoje, mais de 80% dos navios estão fazendo uso desta preferência porque perceberam que o sistema traz benefícios para todos”, explica o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.
De janeiro a julho, o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá embarcou 9,7 milhões de toneladas de produtos diversos. O volume é 2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Considerando o número de caminhões, até junho, foram aproximadamente 250 mil veículos, um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2013 e sem a formação de filas no acesso ao porto.