A pesquisa foi feita com 481 motoristas de sete estados brasileiros, entre eles São Paulo, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Goiás. A Abiclor – Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados – é a realizadora do estudo. Os formulários foram distribuídos por 11 produtoras de cloro-soda a seus transportadores com o objetivo de conhecer o perfil e as condições de trabalhos desses profissionais. Os dados apurados servem de base para que empresas envolvidas no processo possam avaliar pontos fracos e promover os ajustes necessários.
Entre outros dados, a pesquisa revelou, por exemplo, que 94% dos motoristas receberam o curso para utilização do kit de emergência e EPI (Equipamento de Proteção Individual). No caso do MOPP (Movimentação de Produtos Perigosos), treinamento obrigatório para transporte de produtos perigosos, 47,6% dos entrevistados não fizeram a renovação no período obrigatório. Porém, os indicadores mostram que 65% dos pesquisados fizeram algum tipo de curso específico para esse segmento. Durante todo o ano de 2004, 32% dos motoristas realizaram treinamentos especializados.
As instalações das empresas também foram avaliadas. Constatou-se que, para 77% dos motoristas, os locais são considerados bons, mas 34% declararam não haver área de descanso ou lazer; 22% trabalham em lugares sem vestiários e 10%, em locais sem banheiro. Nas respostas espontâneas, os profissionais revelaram que a recepção dos funcionários aos motoristas nem sempre é boa; existe demora na emissão de notas fiscais e nas operações de carregamento/descarregamento; falta telefone público para contato com a família nos locais de trabalho e alojamento para pernoites.
"O motorista é o representante das empresas quando realiza uma entrega, por isso deve receber treinamento adequado e ter boas condições de trabalho", finaliza Martim Afonso Penna, diretor executivo da Abiclor.