As vendas de caminhões no mercado interno devem continuar crescendo em 2005, mas num ritmo menor que em 2004, quando aumentaram cerca de 24%. "Como no Brasil impera o transporte de cargas por meio rodoviário, se o PIB cresce, a produção e as vendas acompanham", justifica Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Para 2005, a previsão é que as taxas do PIB cresçam 3,5% ante 5% em 2004.
De janeiro a novembro de 2004 foram produzidas no Brasil 98.770 unidades de caminhões semileves, leves, médios semipesados e pesados, cerca de 34,6% a mais que no mesmo período do ano anterior. O destaque ficou por conta dos semipesados e dos pesados, que tiveram cerca de 46,6% de aumento na produção. A justificativa para o avanço, especialmente no que tange ao segmento de pesados, é a demanda reprimida e o bom desempenho da produção agrícola e das exportações. "De três a quatro anos para cá, a produção de pesados praticamente dobrou," comenta o vice-presidente da Anfavea, Carlos Morassutti.
No setor de autoveículos, que engloba automóveis, caminhões e ônibus, o crescimento esperado em 2004 era de 20%, com 2.020 mil unidades produzidas no ano, 100 mil a mais que as previsões iniciais. Apesar desse avanço, atribuído ao aumento de 45% nas vendas para o mercado externo, o presidente da Anfavea acredita que o setor fechou o ano no vermelho. "A situação é complicada porque a indústria ainda não está conseguindo remunerar os investimentos", avalia.
As vendas internas totalizaram 1.540 mil unidades, o que representa uma elevação de 7,8% em relação a 2003. Para 2005, com uma expansão menor do PIB, a expectativa é de que a produção nacional de autoveículos aumente 5,4%, atingindo 2,3 mil unidades. Dessas, 1.620 mil deverão ser absorvidas pelo mercado interno, que deverá crescer 5,2% em relação a 2004.
Leia mais na edição de janeiro da revista Tecnologística