A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) informa que, de janeiro a junho deste ano, foram comercializadas 83.408 unidades, crescimento de 1,14% frente ao mesmo período do ano passado. O segmento leve (carrocerias sobre chassi) emplacou 51.398 implementos no período, ante 57.096 computados de janeiro a junho de 2012, redução de 9,92%. Já o segmento pesado (Reboques e Semirreboques) está aquecido, foram emplacados 32.010 equipamentos, acréscimo de 25,97% sobre os seis primeiros meses de 2012.
A diferença no desempenho dos dois segmentos revela a situação atual dos dois mercados. Enquanto no pesado as vendas seguem aquecidas com suporte do PSI Finame, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) operado desde 2013 com taxas fixas semestrais, o leve não apresenta a mesma resposta devido ao perfil do cliente, segundo explica o presidente da Anfir, Alcides Braga: “Os clientes dos produtos carrocerias sobre chassis costumam ser empresários de pequeno porte, empreendedores que não conseguem apresentar as garantias necessárias para tomar empréstimos no BNDES”.
Na opinião de Braga, é preciso que seja dada atenção a essa faixa de empresários por sua presença na economia brasileira. Há números que ilustram sua tese. Segundo uma pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), no Brasil 4% dos novos negócios, gerados entre 2005 e 2010, foram oriundos do segmento de transporte. Vale lembrar, porém, que o varejo e a indústria de transformação, responsáveis respectivamente por 25% e 10% dos negócios, também estão ligados à indústria de implementos rodoviários. “Toda mercadoria produzida ou vendida é transportada em implemento rodoviário e internamente nas cidades a maioria é levada dentro de produtos do segmento carrocerias sobre chassi”, destaca.