O Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) manifestou sua preocupação com dois problemas no setor. O grande número de cancelamentos de contratos de financiamento para a construção de navios cargueiros no Brasil e o conseqüente fechamento de postos de trabalho.
Segundo o Sindmar, cerca de 14 navios encomendados pela Transpetro já deveriam estar operando, mas apenas quatro estão em serviço. Além disso, vários contratos com armadores nacionais para a construção de 32 navios até 2017, também estão paralisados.
Outro problema apontado pela entidade é a falta de empenho do armador brasileiro, que detém o monopólio da cabotagem para desenvolver o segmento que atualmente representa menos de 2% dentre os modais de transporte no Brasil.
Em contra partida, a Diretoria de Portos e Costas (DPC), afirmou que não há déficit de mão de obra. Segundo o órgão encarregado de regular as atividades da Marinha Mercante e fiscalizar a formação de mão de obra no setor, o número de oficiais formados nas escolas do Rio de Janeiro e Belém, cresceu significativamente na última década, mantendo o mercado em equilíbrio.
Em 1999, foram formados 90 oficiais, em dezembro do ano passado, foram 600. A expectativa para 2015 é que mil oficiais se formem. O problema seria ter navios suficientes para receber essa mão de obra.