A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) convocou a imprensa hoje, 17 de julho, para divulgar o balanço de produtividade do primeiro semestre de 2012. Durante a coletiva de imprensa, realizada em São Paulo, a entidade divulgou os números de implementos rodoviários emplacados de janeiro a junho e apresentou as perspectivas futuras para o setor.
As empresas do segmento venderam 82.466 unidades no primeiro semestre de 2012, contra 90.972 vendidas no mesmo período do ano passado, representando uma queda de 9,35% na produtividade. Dentre os 15 modelos disponibilizados no setor de reboques e semirreboques, apenas três apresentaram crescimento: o carrega tudo, com 1.281 emplacamentos, frente a 983 em 2011 (crescimento de 30,32%); o dolly emplacou 560, contra 550 registrados em 2011 (1,82%); e o silo, com 468 unidades comercializadas contra 441 em 2011 (6,12%).
Já no setor de carrocerias sobre chassis, dentre os sete modelos comercializados, apenas o modelo tanque apresentou resultados positivos. Em 2011 foram emplacadas 1.659 unidades, contra 1.766 no primeiro semestre de 2012, representando um crescimento de 6,45%.
O principal motivo para a queda na produtividade do segmento foi a demora do governo em alterar as regras para concessão de financiamento via Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) para a venda de implementos rodoviários que, até abril deste ano, estabelecia a parcela financiável em no máximo 70%, o que dificultava a venda dos equipamentos.
Com isso, a Anfir acredita que a perspectiva de repetir o desempenho recorde que o setor já registrou no ano de 2011 deve ficar comprometida. “Teremos pouco mais de cinco meses para tentar reverter a tendência de queda na atividade do setor”, alerta o presidente da Anfir, Alcides Braga.
Para o executivo, o governo precisa enxergar a indústria de implementos rodoviários diferentemente dos demais segmentos do setor automotivo. Braga analisa que o implemento rodoviário é um bem de capital, diferente do bem de consumo, como é o caso do automóvel. “Os pacotes de incentivo baixados pelo governo em abril e maio são bem vindos, porém, não houve tempo para o mercado absorver os benefícios, o que acabou gerando paralisia no setor”, completa o presidente.
A entidade ainda divulgou os investimentos previstos para o segmento nos próximos três anos, no valor de R$ 1,3 bilhão. Além disso, ressaltou que o objetivo é atingir os índices alcançados no primeiro semestre de 2011, quando foram comercializadas 90.972 unidades. A Anfir possui 152 empresas associadas, sendo que 22 delas estão certificadas pelo selo Anfir.