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Anfir apresenta desempenho anual

Por Redação em 23 de fevereiro de 2011 às 10h54 (atualizado em 11/04/2011 às 15h04)

Faturamento do segmento alcançou R$ 6,8 bilhões

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Rafael Wolf Campos, anunciou ontem, dia 22 de fevereiro, que as indústrias do setor comercializaram um total de 170.214 unidades, crescimento de 47,87% ante os 115.107 equipamentos emplacados em 2009. Na linha leve, foram 110.962 carroçarias sobre chassi vendidas, acréscimo de 48,75% frente ao ano anterior (74.598). Já as vendas de reboques e semirreboques, linha pesada, alcançaram 59.252 unidades, 46,27% acima quando comparadas as 40.509 unidades colocadas em circulação. Ao todo, o segmento faturou, em 2010, R$ 6,8 bilhões.

As exportações também apresentaram melhoras. De janeiro a dezembro de 2010 foram enviadas ao exterior 4.468 unidades, crescimento de 41,26% frentes aos 3.163 equipamentos embarcados durante todo o ano de 2009. Apesar de comemorar os números, Campos faz um lembrete. “Devido à situação macroeconômica do país, hoje deixamos de exportar mesmo tendo capacidade produtiva e produtos com a mesma qualidade daqueles fabricados no exterior”, diz. Em mercados como Chile, Oriente Médio e África os produtos nacionais já são substituídos pelos chineses.

O executivo faz outra observação ao anunciar o desempenho das empresas do setor. Segundo ele, é preciso que haja um desenvolvimento sustentável de médio e longo prazo no segmento e não picos de performance. Para ilustrar, o presidente informa que de 2008 a 2010, o crescimento foi de apenas 8,75%.

Perspectivas

Para 2011, o presidente da Anfir é otimista. Números da entidade dão conta que as vendas de reboques e semirreboques devem alcançar 62 mil unidades (4,63%), de carroçarias sobre chassi 120 mil (8,14%) e os envios para o exterior chegarão a 6.500 equipamentos (45%), num total de 188.500 unidades emplacadas em 2011 (7,91%). “As empresas do setor devem faturar este ano R$ 7 bilhões, crescimento de 2,94% sobre 2010”, calcula. Campos lembra, contudo, que este número pode oscilar caso seja confirmado o aumento da principal matéria-prima, o aço.

Na opinião do executivo, este ano será muito bom para as empresas do segmento, mas o governo terá que agir para não deixar a indústria nacional perder força e competitividade principalmente no mercado internacional.

Para encerrar, Campos traça o cenário em que as indústrias do setor estão inseridas. “2011 deverá ser um período de muitas oportunidades. O Brasil está em um ótimo momento e os investimentos para atender a demanda de mercado deverão continuar crescendo. Trata-se de um verdadeiro ciclo virtuoso: o aumento do poder de compra da população; os investimentos das empresas para suportar o crescimento; e o governo, que precisa apoiar o desenvolvimento da economia e melhorar a infraestrutura dando continuidade às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, ressalta.

www.anfir.org.br

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