Terminais do estado movimentaram nos onze primeiros meses do ano 24,2 milhões de toneladas
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) anunciou que a receita cambial gerada pelas exportações realizadas entre janeiro e novembro de 2010, via Portos do Paraná, somou US$ 13,3 bilhões e representa recorde histórico para o período. Nos últimos 11 meses, foram mais de 24,2 milhões de toneladas produzidas em diversas regiões do país, comercializadas internacionalmente por meio dos terminais portuários de Paranaguá e Antonina.
Os dados divulgados pela Appa completam os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que colocaram o Paraná como o 5º colocado no ranking dos maiores exportadores nacionais neste ano: US$ 13 bilhões em receitas, considerando apenas o valor gerado na negociação de produtos ou cargas originárias do próprio estado.
Segundo o MDIC, do total produzido e exportado pelo Paraná, quase 69% saem pelos portos públicos estaduais, sendo cerca de US$ 8,1 bilhões comercializados por meio do terminal de Paranaguá e US$ 8 milhões via Porto de Antonina. Segundo o superintendente da Appa, Mario Lobo Filho, a receita cambial é o indicativo dos valores financeiros recebidos nas atividades de exportação e é uma forma de calcular a abrangência e a importância das atividades.
O executivo completa. “Nos últimos cinco anos, os portos paranaenses apresentaram uma evolução neste sentido. Entre janeiro e novembro de 2005, registramos receita cambial de US$ 8,4 bilhões. No mesmo período de 2006, foram US$ 8,5 bilhões. Em 2007, os valores subiram para US$ 10,9 bilhões. No ano seguinte, recorde de US$ 13 bilhões e, em 2009, mesmo com a crise mundial, US$ 11,5 bilhões.”
Movimentação
Seguindo os bons resultados apresentados na exportação, os terminais portuários do Paraná registraram também altas na importação e na navegação de cabotagem. Ao todo, foram comercializadas 35,5 milhões de t entre janeiro e novembro de 2010. O valor supera em 22% o total movimentado em todo o ano passado, quando foram operadas cerca de 31,2 milhões de t.
A importação somou 11,2 milhões de t nos últimos 11 meses, aumento de 47% na comparação com o mesmo período de 2009, quando os portos paranaenses receberam 7,6 milhões de t provenientes de outros países. De acordo com o diretor Empresarial da Appa, João Batista Lopes dos Santos, em 2010 a importação de fertilizante teve alta de 49% no Porto de Paranaguá, chegou a 5,4 bilhões de t e foi necessário utilizar Antonina como alternativa para o desembarque, operando 101.707 t de fosfatos, ácido sulfúrico e outros insumos.
Também apresentaram alta a importação de derivados de petróleo (669,7 milhões de t – crescimento de 33% em relação a 2009), papel (47%); sal (20%); celulose (11%); e óleo vegetal (cinco vezes mais que no ano passado).
Veículos e Contêineres
No Porto de Paranaguá, a exportação e importação de carros de passeio, ônibus, tratores e máquinas agrícolas, registraram, juntas, alta de 35% na comparação com o obtido entre janeiro e novembro de 2009. A movimentação cresceu de 120.773 unidades para 162.923 unidades. Destaque para a exportação de mais de 82 mil veículos, alta de 42% no período.
A carga e descarga de contêineres somaram 614.379 TEUs, acréscimo de 7% em relação aos primeiros 11 meses do ano passado. Foram 308.621 TEUs importados e 305.758 TEUs exportados por meio de Paranaguá, que atualmente disponibiliza duas janelas extras de atracação, oferecidas com dia e hora pré-estabelecidos para serviços semanais regulares de navios de contêineres.
Mercado Nacional
A navegação de cabotagem cresceu 14% até novembro. O transporte de cargas entre os Portos do Paraná e os demais terminais do país chegou a 3.171.645 t nos últimos 11 meses. Entre os produtos mais comercializados estão derivados de petróleo (925 mil t); GLP (163 mil t); e sal (160 mil t).
O Porto de Antonina mais do que dobrou suas atividades entre janeiro e novembro de 2010. Já são 269 mil t de cargas movimentadas no ano, contra 88 mil t carregadas e descarregadas nos 12 meses de 2009. Desde maio, o terminal passou a receber navios de açúcar e fertilizante com preferência de atracação. Para o diretor do Porto de Antonina, Paulo Moacyr Rocha Filho, essa medida garantiu a retomada de negócios importantes e a geração de novos empregos, com impacto importante na economia local.